Passaporte digital: alternativa para acelerar retomada de eventos

Por Juliana Albuquerque Uma tecnologia desenvolvida em 2013 pela franco-brasileira Mooh!Tech, startup avaliada atualmente em cerca de U$ 100 milhões, pode ser a ferramenta para que um dos setores mais atingidos pela pandemia da Covid-19, como o de eventos, possa retomar suas atividades econômicas de forma mais segurança. Trata-se do Chronus Platform i-Passport, um passaporte […]
App permite reunir os dados vacinais e testes e pode ser utilizado como profilaxia de acesso a eventos com presença de público

Por Juliana Albuquerque

Uma tecnologia desenvolvida em 2013 pela franco-brasileira Mooh!Tech, startup avaliada atualmente em cerca de U$ 100 milhões, pode ser a ferramenta para que um dos setores mais atingidos pela pandemia da Covid-19, como o de eventos, possa retomar suas atividades econômicas de forma mais segurança. Trata-se do Chronus Platform i-Passport, um passaporte de profilaxia, que reúne todos os dados sobre vacinas e testes de um cidadão. Ao ser apresentado pelo portador, permitirá acesso a eventos presenciais. A ferramenta, inclusive, é a mesma utilizada no primeiro evento esportivo com torcida no mundo, nesta pandemia, em fevereiro, a Super Bowl, nos Estados Unidos, com um público de 25 mil pessoas.

- Publicidade -

No Brasil, a tecnologia começou a ser implantada de forma pioneira em Afogados da Ingazeira, no Sertão de Pernambuco, em 2020, e atualmente segue em expansão para outras cidades. Segundo o CEO da Mooh Tech, Everton Cruz, o prefeito da cidade à época, José Patriota, foi receptivo à solução do aplicativo. “Ele nos ajudou a entender os processos do Sistema Único de Saúde (SUS) e, dessa forma, aprimoramos a nossa solução, criada com base no modelo europeu, em 2013, utilizado mais como controle vacinal para países da África e Ásia, para um que pudesse funcionar de forma igual em qualquer cidade do Brasil”, explica o CEO da Mooh!Tech, Everton Cruz.

Além de Afogados da Ingazeira, outros locais já fecharam ou estão em vias de fechamento de contrato com a empresa e todos receberam gratuitamente o aplicativo, entre as quais as cidades de Juazeiro do Norte (CE), o governo do Distrito Federal, Guarujá (SP), a prefeitura de Maragogi (AL) e o município de Cortês, na Mata Sul de Pernambuco. Outras parcerias estão em processo de fechamento, como as cidades de Goiana, Paulista, Olinda, na Região Metropolitana do Recife, João Pessoa, na Paraíba, o estado de Alagoas, assim como nos estados do Mato Grosso e Ceará.

De acordo com ele, embora a obrigatoriedade da implantação de um passaporte nacional de imunização ainda esteja em discussão no Congresso, a ferramenta desenvolvida por eles vai permitir a retomada segura de eventos com grandes públicos. “A ideia por trás do app é criar bolhas para quem está vacinado ou devidamente testado, evitando, desta forma, a redução da propagação do vírus”, explica Cruz.

- Publicidade -

Além do controle da disseminação do vírus, com o uso contínuo do app, condicionando o acesso aos lugares de convívio social ao QR Code de status liberado na ferramenta, os registros feitos permitem o levantamento de dados cruciais para desenvolver um planejamento de ações voltadas ao combate e controle da Covid-19. “Nossa ideia é disponibilizar para o cidadão, de forma gratuita, um verdadeiro prontuário eletrônico que poderá ser acessado não apenas no Brasil, mas que possa ser interligado a nível mundial”, comenta o CEO.

Ainda segundo Cruz, além de eventos, muitas empresas privadas, como shoppings e bancos, têm procurado pela tecnologia para gestão de vacina de seu público e funcionários. “Recentemente, fomos contratados por uma empresa do segmento bancário para fazer a gestão dos seus funcionários, cerca de 18 mil pessoas. O passaporte funciona, principalmente para os funcionários que fazem trabalho de campo, como um atestado de que ele não oferece risco de contágio para quem está atendendo, já que suas informações de saúde, como vacina ou testes periódicos estão atualizadas no app”, explica Everton.

Essa alta procura, por sinal, pode acelerar os planos da startup de aumentar sua presença no Brasil, com abertura, em breve, de uma operação comercial própria. É que atualmente, a startup franco-brasileira, que nasceu no Recife, tem sede operacional em Paris, com presença no Brasil em escritórios compartilhados, como no coworking do Bradesco, o InovaBra, em São Paulo, Brasília e Recife. “Iremos abrir um no Nordeste do Brasil, só ainda não sabemos em qual estado ainda”, adianta Everton Cruz.

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -