A alta cúpula do União Brasil esteve reunida, nesta quarta-feira (13/3), na sede nacional do partido, em Brasília, decidindo que o processo para expulsar e cancelar a filiação do deputado federal Luciano Bivar da presidência do partido vai prosseguir. A votação teve a presença de deputados, senadores, ministros e governadores do partido, com 17 votos favoráveis, nenhum contra e 15 abstenções.
Os correligionários deliberam sobre uma representação que pede o afastamento cautelar de Bivar, com “expulsão e cancelamento de filiação contra o presidente do partido”. O documento inclui ameaças de morte feitas por Bivar ao presidente eleito do União, Antonio de Rueda e familiares, e “indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas” de Rueda e sua irmã, a tesoureira do União Brasil Maria Emília Rueda, na praia de Toquinho, localizada perto da praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco.
Seguindo o estatuto do União Brasil, Luciano Bivar terá 72 horas a partir do recebimento da representação para se manifestar, antes de ser proferida a decisão cautelar do partido. Ainda na terça-feira (12/3), Bivar se reuniu com o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL). De acordo com Bivar, sua defesa deve se manifestar no prazo estipulado pelo partido, mas negou que vai deixar a presidência do União Brasil (legenda que é uma fusão realizada entre Democratas e PSL, em 2021).
Cerca de 50 filiados participaram do encontro, tais como: os governadores Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Wilson Lima (Amazonas); o ex-prefeito de Salvador ACM Neto; além dos ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo) também estavam presente.
Briga
Rueda e Bivar brigam pela presidência do partido desde o início do ano. Na noite de segunda-feira (11/3), as casas de praia de Rueda e da irmã, tesoureira do União, foram incendiadas. Os imóveis ficam em um condomínio de Ipojuca (PE), onde Bivar também tem casa.
Pernambuco
Enquanto isso, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), determinou que o secretário de Defesa Social, Alessandro de Carvalho, existem indícios de que o incêndio seja criminoso.
“Há indícios, sim, de que pode ter sido criminoso, porque foram duas casas que foram incendiadas. Mas, neste momento, é só este indício que nos leva a crer que o incêndio foi criminoso”, afirmou, em entrevista coletiva ainda nesta terça (12).
“Foram duas casas com incêndio ao mesmo tempo. Quando você tem um incêndio que é um curto-circuito ou o aquecimento de um aparelho, seria uma casa. Ocorrer em duas casas é algo que já chama atenção”, disse o secretário.
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