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Fuga de presídio em Mossoró entrará no debate das eleições de outubro

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, coordena as investigações sobre a fuga dos presidiários que gerou uma crise no Governo Lula. Foto: Tom Costa/ MJSP
Dois fugitivos ligados à facção criminosa carioca do Comando Vermelho escaparam por um buraco no teto da cela, depois a dupla seguiu pelo pátio carregando objetos cortantes usados para fazer uma abertura no alambrado e fugiu. Foto: Depen/ Divulgação
Dois fugitivos ligados à facção criminosa carioca do Comando Vermelho escaparam por um buraco no teto da cela, depois a dupla seguiu pelo pátio carregando objetos cortantes usados para fazer uma abertura no alambrado e fugiu. Foto: Depen/ Divulgação

Se a polarização e a nacionalização política são fatores colocados como inevitáveis no contexto das campanhas eleitorais das próximas eleições municipais de outubro, a fuga da dupla pertencente à facção criminosa Comando Vermelho (RJ) do presídio federal de segurança máxima da cidade de Mossoró, no Rio Grande Norte, certamente entrará no debate. E antes do que se espera.

Não faz um mês que o ministro Ricardo Lewandowski assumiu a pasta das mãos de Flávio Dino, que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser ministro do Supremo Tribunal Federal. A culpa destes últimos acontecimentos não pode ser atribuída a Lewandowski, mas ele precisa encontrar as soluções.

O processo de investigações foi aberto para identificar as causas, se faz necessário recuperar os presos e trabalhar com novas medidas para que não aconteça mais. Foram apontadas como primeiras medidas: a modernização de videomonitoramento; reconhecimento facial no acesso dos presídios federais; ampliação de alarmes e sensores; nomeação de 80 policiais penais federais; construção de muros em presídios federais; recuperar os presos e saber as causas, tentar que não aconteça.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, coordena as investigações sobre a fuga dos presidiários que gerou uma crise no Governo Lula. Foto: Tom Costa/ MJSP

Com um estilo diferente de Flávio Dino, Lewandowski não utiliza redes sociais e só concedeu entrevista coletiva após o anúncio das primeiras providências. O ministro da Justiça atribuiu a fuga a um episódio fortuito, mas até que resolva o problema o fato deu combustível aos opositores ao Governo Lula, principalmente, adversários políticos de direita e extrema-direita, como os bolsonaristas.

No momento em que o cerco das investigações da Polícia Federal fecham o cerco em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno, Lewandowski poderá ter que atender à convocação deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado para prestar esclarecimentos.

Na mesma direção, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), membro da Comissão de Segurança Pública do Senado, protocolou nesta quinta-feira (15/2) um requerimento para realizar uma audiência reservada com o secretário nacional de Política Penal, André Garcia, o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona, e o diretor de Inteligência Penitenciária, Sandro Barrada.

Ao mesmo tempo que a fuga causa uma crise dentro do Governo Federal também ofusca do noticiário o caso Bolsonaro. Um assunto que reacende a linha discursiva da extrema-direita acerca do modo como é desenvolvida a política pública de segurança nacional pelo Governo Lula com ares de revanchismo.

Basta lembrar que, Bolsonaro está convocando apoiadores para uma fazer uma grande movimentação no próximo dia 25 de fevereiro em São Paulo. Por isso, se os bolsonaristas precisavam ganhar fôlego para reagirem de alguma forma, a fuga dos presidiários podem abrir uma nova pauta.

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