Maurício Laranjeiras: O Futuro de Suape

O consultor Maurício Laranjeira conta como Suape chegou até aqui e o cenário que se desenha para o porto.

Por Maurício Laranjeira*

O mercado pernambucano recebeu com euforia a notícia da aquisição de área do Estaleiro Atlântico Sul pela gigante do setor de navegação Maersk, que pretende explorar a área com um novo terminal de containers, através de sua APM Terminals. Tudo devidamente planejado e protocolado com o governo estadual, que deverá dar contrapartidas.

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Maurício Laranjeira

Mas, no concreto, o que isso significa? Suape conta hoje com apenas um terminal de contêineres, cujo contrato é criticado por todas as partes envolvidas, sendo inclusive solicitada a sua revisão às autoridades competentes, sem sucesso. Esse monopólio limitou o crescimento do porto e o tornou extremamente caro, em relação à custos portuários. Os custos de frete são um capítulo à parte e problema global.

Ao longo dos anos, Suape perdeu atratividade em relação à linhas de navegação de longo curso para contêineres, se tornando um porto focado em cabotagem. Com a visão global da Maersk, isso deve mudar, e devemos voltar a atrair novas linhas de navegação, facilitando a vida – tempo é dinheiro, além dos próprios custos diretos – de quem importa e aumentando as possibilidades para quem exporta ou deseja exportar.

Em resumo, temos a expectativa de um porto de Suape mais global, mais competitivo e mais conectado, e isso reflete na nossa economia, que terá essa nova janela de desenvolvimento. Que as próximas cenas sejam muito positivas para Pernambuco como um todo.

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*Maurício Laranjeira é embaixador do tema comércio exterior do LIDE Pernambuco e CEO da Continentes Consultoria.

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