Mancha de corrupção na Rnest é difícil de sair como óleo bruto

Andrade Gutierrez e Novonor (ex-Odebrecht) venceram o leilão da Rnest com vários lotes avaliados em R$ 3,7 bilhões e R$ 5 bilhões, respectivamente.
Refinaria Abreu e Lima
Refinaria Abreu e Lima (Rnest)/Foto: Petrobras

As recentes notícias envolvendo a Petrobras fragilizam ainda mais o Governo Lula, que vem perdendo popularidade e recorre a contratação de marqueteiros para se comunicar melhor nas redes sócias.

Como se não bastasse o recuo de 33,8% no lucro líquido em 2023 e a péssima repercussão diante da mudança na política de distribuição de dividendos extraordinários, que levou a uma perda de R$ 55,3 bilhões em seu valor de mercado num único dia, a retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), situada em Suape, agora trazem de volta o fantasma da Lava Jato.

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Entre os vencedores da licitação para a construção de uma segunda unidade de refino com capacidade de produzir 145 mil barris de diesel por dia, estão as construtoras envolvidas no esquema de corrupção do Petrolão, investigado pela Polícia Federal. Por meio de empresas filiadas, Andrade Gutierrez e Novonor (ex-Odebrecht) venceram com vários lotes avaliados em R$ 3,7 bilhões e R$ 5 bilhões, respectivamente.

Além da conclusão do chamado Trem 2, o Projeto RNEST prevê a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização.

Investimento na Rnest

Quando anunciou o investimento na Rnest, no começo do ano, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, disse que seriam investidos entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões até 2028, nesta fase de expansão. Mas a conta já supera os R$ 15 bilhões.

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Além da Consag, da Andrade Gutierrez, e da Tenenge, da Novonor, venceram o certamente a Conenge, com lotes avaliados em mais de R$ 4,1 bilhão, e a Construcap, com preço superior a R$ 2,5 bilhões.

O mercado é livre, as empresas estão autorizadas a concorrer em leilões, mas a mancha deixada pela Lava Jato, como óleo cru, é difícil de sair. De todo modo, há agora uma oportunidade para se contar uma nova história. Vamos acompanhar a narrativa.

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