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A nº 1 do Nordeste em desenvolvimento não é uma capital: é Eusébio

Com 42 municípios entre os 100 mais bem colocados no IFDM 2025, o Ceará lidera o Nordeste em desenvolvimento municipal. Eusébio e Sobral ocupam as primeiras posições, superando até mesmo capitais da região
Eusébio Ceará desenvolvimento Firjan IFDM 2025
Cidade de Eusébio apresentou um desempenho equilibrado e elevado em todos os eixos do índice: 0,8383 em Educação, 0,8194 em Saúde e 0,8317 em Emprego & Renda. Foto: Prefeitura de Eusébio/Divulgação

Localizada a 24 quilômetros de Fortaleza, com 79 km² de área territorial e uma população estimada em 75 mil habitantes, a cidade cearense de Eusébio é líder em prosperidade no Nordeste, com média geral de 0,8298 de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2025, que tem como base os dados consolidados de 2023. O desempenho é classificado como de alto desenvolvimento e supera todas as demais 1.793 cidades nordestinas avaliadas no levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Em segundo lugar, também no Ceará, aparece Sobral, com 0,8001.

Os dados divulgados pela Firjan mostram que apenas três cidades do Nordeste figuram entre os 500 maiores IFDMs do Brasil: Eusébio (85º), Sobral (142º) e Recife (475º). O Ceará, que concentra nove entre os dez municípios mais bem posicionados da região, se destaca especialmente pelos avanços nos indicadores de educação e emprego & renda.

Entre os 100 municípios nordestinos com maior pontuação no IFDM, 42 são do Ceará. Além de Eusébio e Sobral, destacam-se São Gonçalo do Amarante (0,7478), Jijoca de Jericoacoara (0,7406) e Fortaleza (0,7389), que ocupam as posições seguintes no ranking regional. Esses municípios apresentam bom desempenho nos três eixos do índice: Educação, Saúde e Emprego & Renda. Em Eusébio, por exemplo, as notas são 0,8383 em Educação, 0,8194 em Saúde e 0,8317 em Emprego & Renda. Já Sobral tem 0,8121 em Educação, 0,7865 em Saúde e 0,8017 em Emprego & Renda.

Ranking das capitais nordestinas

Entre as capitais nordestinas, Fortaleza lidera com IFDM de 0,7389. Na sequência aparecem Teresina, com 0,7242, e Recife, com 0,7088. Todas essas capitais estão na faixa de desenvolvimento moderado, conforme a classificação da Firjan.

Salvador apresenta o menor desempenho entre as capitais da região, com IFDM de 0,6442. Maceió (0,6600), João Pessoa (0,6765) e Natal (0,6686) também permanecem na mesma faixa, embora com variações em seus desempenhos específicos nos eixos de educação, saúde e emprego & renda.

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Segundo os critérios da Firjan, o IFDM varia de 0 a 1, sendo classificados em quatro faixas: de 0,0 a 0,4 (desenvolvimento crítico), de 0,4 a 0,6 (desenvolvimento baixo), de 0,6 a 0,8 (desenvolvimento moderado) e de 0,8 a 1,0 (desenvolvimento alto). Dos 100 municípios do Nordeste com maior IFDM, apenas dois atingiram desenvolvimento alto: Eusébio (0,8298) e Sobral (0,8001), ambos no Ceará. Os demais estão classificados como desenvolvimento moderado.

Menor porte, maior possibilidade de desenvolvimento

Por porte populacional, a distribuição das 100 melhores cidades nordestinas em IFDM é:: até 20 mil habitantes (pequeno porte), entre 20 mil e 100 mil habitantes (médio porte) e acima de 100 mil (grande porte). Entre os 100 municípios nordestinos com melhor desempenho no IFDM, 47 são de pequeno porte, 41 de médio porte e 12 de grande porte, segundo estimativas populacionais do IBGE.

Municípios pequenos como Frecheirinha (CE), Guaramiranga (CE) e Pereiro (CE) se destacam com boas notas em educação e saúde. Já entre os de médio porte, figuram Jijoca de Jericoacoara (CE), São Gonçalo do Amarante (CE) e Aquiraz (CE). Cidades grandes como Fortaleza, Teresina e Recife também estão entre os 100 melhores.

Eusébio Ceará desenvolvimento Firjan IFDM 2025
Cidade adotou sistema de coleta seletiva e investiu na educação em tempo integral. Foto: Prefeitura de Eusébio/Divulgação

Como Eusébio se destacou no IFDM 2025

Eusébio, líder regional no IFDM 2025, apresenta um desempenho equilibrado e elevado em todos os eixos do índice: 0,8383 em Educação, 0,8194 em Saúde e 0,8317 em Emprego & Renda. O município se destaca por altas taxas de matrícula na educação infantil, presença de tempo integral, formação qualificada de docentes e bons resultados no Ideb.

Na saúde, tem ampla cobertura de atenção básica e baixos índices de internações evitáveis. Em emprego & renda, o município se beneficia da proximidade com Fortaleza, da diversidade econômica e de um mercado formal dinâmico, com baixa taxa de pobreza e alta proporção de trabalhadores formais. Esses fatores refletem políticas públicas voltadas ao capital humano, infraestrutura e desenvolvimento produtivo local.

Desafio histórico de desigualdades

Segundo análise da própria Firjan, os municípios nordestinos enfrentam um desafio histórico de superação de desigualdades, exigindo políticas públicas integradas e investimentos estruturantes para reverter décadas de atraso socioeconômico. A região concentra 60,2% dos municípios entre os 500 piores do país em 2023, com destaque para Maranhão, Bahia e Piauí. Embora haja avanços importantes, especialmente em educação, a velocidade de progresso ainda é insuficiente para equilibrar as disparidades regionais.

Segundo análise da própria Firjan, os municípios nordestinos enfrentam um desafio histórico de superação de desigualdades, exigindo políticas públicas integradas e investimentos estruturantes para reverter décadas de atraso socioeconômico. A região concentra 60,2% dos municípios entre os 500 piores do país em 2023, com destaque para Maranhão, Bahia e Piauí.

Embora haja avanços importantes, especialmente em educação, a velocidade de progresso ainda é insuficiente para equilibrar as disparidades regionais. A desigualdade interna do Nordeste é marcante, com poucos polos se destacando em meio a um cenário ainda adverso. O desenvolvimento sustentável na região depende de estratégias integradas que combinem qualificação da mão de obra, ampliação da infraestrutura e estímulos à atividade econômica local.

Leia mais: Fortaleza lidera no Nordeste, mas região concentra piores IFDMs

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