As capitais brasileiras iniciaram 2025 com as tarifas mais caras, pesando o bolso dos usuários dos transportes públicos. No Nordeste, Recife (PE), Natal (RN), Salvador (BA) e João Pessoa (PB) registraram aumento dos bilhetes. O reajuste no valor das passagens do transporte público é uma prática comum no início do ano e reflete, em geral, a atualização de custos operacionais das empresas do setor.
Entre os principais fatores que influenciam os ajustes estão o aumento do preço do combustível, a inflação acumulada no período e a necessidade de manutenção da qualidade dos serviços oferecidos à população. No entanto, tais mudanças costumam gerar impacto significativo no orçamento dos usuários que dependem do transporte público diariamente.
Nesse contexto, os índices de aumento no Recife e na Região Metropolitana estão abaixo da média nacional, enquanto outras capitais, como Natal e Salvador, registraram, respectivamente, os maiores reajustes das capitais da região.
Recife e RMR registram aumento de 4,29%, um dos menores no país
As passagens de ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR) serão reajustadas no próximo domingo (5). O Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) aprovou, no dia 30 de dezembro, a proposta do governo de Pernambuco de reajuste de 4,29% na tarifa dos ônibus da região metropolitana da capital pernambucana. Desde 2022, os valores das passagens não eram reajustados.
Dessa forma, o valor do Bilhete Único, que unificou o Anel A e o Anel B em março de 2024, deixa de custar R$ 4,10 e passa a valer R$ 4,30. Desde 2022, os valores das passagens não eram reajustados.
A Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) explica que foi realizado o arredondamento das tarifas para múltiplos de R$ 0,05 após o resultado dos valores do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e realização da apuração dos períodos de reajuste.
Vale destacar que o percentual de reajuste anunciado foi o menor entre as capitais que aumentaram as tarifas do transporte público entre o fim de 2024 e o início de 2025.
João Pessoa reduz reajuste bilhete para 4,87%
O Governo da Paraíba determinou que o reajuste da tarifa de transporte entre os municípios não poderá ultrapassar o índice oficial da inflação dos últimos 12 meses, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Com isso, o reajuste foi atualizado em 4,87% na quarta-feira (1º), ao invés de 6,1%, percentual que havia sido publicado no Diário Oficial do Estado anteriormente.
Salvador aumenta a passagem em R$ 0,40 centavos, registrando 7,69% de reajuste
O bilhete do transporte público de Salvador aumentará R$ 0,40, registrando alta de 7,69%, e a passagem subirá de R$ 5,20 para R$ 5,60 para ônibus comum, para ônibus do Subsistema Local Integrado de Transporte (SLIT), conhecido por amarelinho, e o BRT. O novo valor foi publicado em portaria da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal) no Diário Oficial do Município, nesta quinta-feira (2).
A mudança já passa a valer a partir deste sábado (4), e a prefeitura da capital baiana atesta que o novo valor é equivalente à inflação acumulada desde o último reajuste, em novembro de 2023. “O novo valor leva em consideração o resultado dos estudos técnicos da revisão tarifária para o quadriênio 2023-2026, desenvolvidos pela Arsal”, explica por meio de comunicado.
Em Salvador, o passageiro que possuir o Salvador Card pode usar até três destes modais, e também o metrô, pagando apenas uma tarifa, graças à integração no sistema de transportes municipais.
Natal registra um dos maiores aumentos na passagem com 8,88%
Em Natal, desde domingo (29), a tarifa de ônibus custa R$ 4,90. O reajuste do valor foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (CMTMU) em 26 de dezembro. Para as linhas de bairro, o preço inteiro do bilhete ficou em R$ 4,30.
O conselho afirmou, por meio de nota, que analisou todos os insumos que compõem a planilha tarifária do Sistema de Transporte Público de Passageiros para a recomposição de 8,88% na tarifa, tais como o preço do óleo diesel, pneus, lubrificantes, salários dos motoristas e demais fatores.
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