BA é vice-campeã em investimentos pelo 9º ano consecutivo

Estado somou R$ 8,38 bilhões em investimentos no ano passado, e 90% desse montante foram empenhados com recursos próprios
investimentos, Monte Rodovias é responsável pela administração da Bahia Norte
Investimentos no estado têm se concentrado em estradas e outros equipamentos de infraestrutura. Foto: Monte Rodovias

O Governo da Bahia divulgou, na sexta-feira (10), ter alcançado, pelo nono ano consecutivo, o segundo lugar no ranking nacional de investimentos públicos, atrás apenas de São Paulo. Ao todo, houve o desembolso de R$ 8,38 bilhões nessas operações. Os dados, que são referentes a 2023, estão contidos no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), operado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda.

Um dos destaques do ambiente fiscal no estado baiano, segundo a Secretaria da Fazenda (Sefaz), foi o selo Capag A, conquistado no ano passado e que representa a nota máxima em gestão pública. Além disso, mais de 90% dos investimentos foram feitos com recursos do tesouro estadual, e apenas R$ 764,2 milhões vieram de operações de crédito internas e externas, o que, segundo o Governo da Bahia, demonstra a saúde fiscal do estado e o cenário de equilíbrio nas contas.

O secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, diz que, em termos proporcionais, o investimento baiano é até maior que o de São Paulo, já que o orçamento dos paulistas é cinco vezes maior que o da Bahia. Em valores liquidados, São Paulo aparece com R$ 88,3 bilhões em nove anos, enquanto a Bahia soma R$ 35,4 bilhões, no mesmo período.

Vitório afirma ainda que os investimentos têm sido revertidos em mais empregos e renda para a população e em atratividade para a instalação de empresas privadas, a exemplo do complexo industrial que está sendo implantado em Camaçari pela gigante chinesa BYD, maior fabricante mundial de carros elétricos.

“Investimentos se traduzem em estradas, escolas, unidades de saúde, equipamentos de segurança e de infraestrutura e também em mais e melhores serviços para os baianos. Neste contexto, é muito relevante constatarmos que, desde 2015, o governo baiano tem sido superado apenas pelo estado brasileiro mais rico em volume de recursos investidos”, enfatiza.

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Secretaria da Fazenda diz que ambiente fiscal tem favorecido a atração de empresas para o estado, a exemplo da BYD. Foto: Divulgação

BA e PI aparecem bem em investimentos em relação à receita em 2024

A STN também divulgou o Relatório Resumido de Execução Orçamentária dos Estados e do Distrito Federal, já com dados do primeiro bimestre de 2024. O levantamento mostrou que dois estados nordestinos aparecem entre os que mais investiram em relação à receita total. A Bahia lidera, com 8%, seguida por Mato Grosso do Sul (7%), Espírito Santo (7%) e Piauí (5%).

O ranking também consignou que o estado de Roraima (36%) e o DF (25%) apresentaram os maiores crescimentos, em termos percentuais, de suas despesas liquidadas no período, enquanto Amapá (-17%) foi o único que teve redução desse indicador. Já quando é considerada a receita corrente, tiveram os maiores crescimentos Minas Gerais (28%), Acre (23%) Rondônia (23%) e Pará (23%).

No indicador Restos a Pagar (RAP), os estados que liquidaram os maiores percentuais foram Pernambuco (75%), Mato Grosso do Sul (73%) e Distrito Federal (70%). Na outra ponta do ranking, aparecem Amapá (9%), Paraná (15%) e Maranhão (17%), o que pode ser um indicativo de dificuldade em pagar despesas antigas, de acordo com a STN.

O relatório contém também a variação da Dívida Consolidada no primeiro bimestre de 2024 em relação a 31 de dezembro de 2023. Tocantins (17%), Pará (6%), Pernambuco (3%) e Bahia (3%) tiveram os maiores crescimentos, enquanto o Maranhão (-8%), Roraima (-3%) e Amazonas (-2%) foram os que mais reduziram a dívida no período analisado.

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