A mais nova casa de eventos, shows e confraternizações da capital pernambucana, a Mirante do Paço abre as suas portas nesta quinta-feira (16 ) para convidados. Localizado no rooftop do Edifício Garagem do Paço Alfândega, o local tem uma vista privilegiada, 4 mil metros quadrados de área e pode receber até 2500 pessoas, sendo 1.200 delas sentadas. O investimento no novo espaço foi de R$ 7 milhões.
O investimento foi bancado pela empresa Forte do Matos Empreendimentos, que tem como sócio-controlador o empresário Alvaro Jucá. Foi realizado um “retrofit geral”, que incluiu reforço estrutural do prédio, troca do telhado inteiro e do piso – em algumas áreas, como o terraço – a construção de mais banheiros etc. O terraço tem uma vista de 360º do Recife.
“A nossa intenção é atender uma lacuna do mercado, fazendo eventos corporativos, pelo menos um show por mês e festas. Acreditamos que tem um público premium que deseja conforto e vamos contemplar também este público”, resume Alvaro Jucá. O primeiro evento aberto ao público será na sexta-feira (17) com o show do cantor José Augusto. Depois disso, a programação de shows reabre com a cantora Alcione em março de 2024. “Também já temos uma série de eventos corporativos programados. O local é fácil de chegar”, conta Jucá. Entre as facilidades também está o estacionamento com 620 vagas.
Para fazer a operação do espaço, Jucá terá como sócio Ronald Menezes, que já esteve à frente de empreendimentos como a casa de shows Manhattan e o restaurante Iolanda, em Piedade. Os clientes do Mirante também vão poder escolher quantos ambientes querem utilizar no seu evento.
Nos dias de evento, haverá um ponto de táxi dentro do prédio. “Buscamos resgatar um local que colabora com a vida do Bairro do Recife, com uma infraestrutura mais moderna e compatível com o conforto para todos os visitantes”, explica Ronald Menezes.
O projeto arquitetônico original do espaço tem a assinatura de Paulo Mendes da Rocha e Milton Braga. “Somente dois arquitetos brasileiros ganharam o Prêmio Pulitzer, Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha. Ele foi autor dos projetos das passarelas e acabou, em 2021, o projeto do Mirante”, comenta Jucá. Paulo Mendes faleceu em 2021.
O projeto das passarelas foi realizado no começo dos anos 2000 e ligava os prédios do estacionamento ao Paço Alfândega. Em Recife, o arquiteto também projetou a igreja instalada dentro da oficina e parque das esculturas de Francisco Brennand, na Várzea.
No desenho traçado pelo arquiteto para o Mirante, está previsto dois restaurantes na cobertura do Bloco B. “Os dois vão ter uma área de 800 metros quadrados e abrir em 2024”, conta Jucá. Para ele, existem condições interessantes para criar uma dinâmica de lazer e cultural no Bairro do Recife. O local está com alguns hoteis e outros empreendimentos em construção e com alguns empreendimentos que já estão atraindo mais pessoas durante o final de semana.
Reformatação do Paço Alfândega
O Paço Alfândega recuperou um prédio antigo e começou a funcionar como shopping no começo dos anos 2000. Nos últimos anos, foi diminuindo o número de operações e agora se reinventou como um shopping Office & Mall. No térreo, funciona a Livraria Jaqueira. E o prédio já tem vários escritórios instalados, como o da empresa Uber, uma agência da Caixa e empresas que atuam na área digital como a Tempest, a Central IT, a Credcesta, o Centro de Entrega de Documentos (CED) do Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife que também funciona para receber documentos.
A última empresa a chegar foi a Liferay, empresa da área de TI, que já está com 300 funcionários no prédio e vai trazer mais 300 que vão se transferir para o local. A empresa pode ter o benefício da redução do ISS ao fazer parte do Porto Digital. Oprédio também tem um restaurante novo funcionando, o La Ursa, que está onde era o restaurante La Douane.
“O Porto Digital pode usar o Mirante para fazer eventos corporativos. Há uma sinergia boa. Que venham mais empresas para o Porto do Recife”, diz Jucá, que tem uma participação pequena no Shopping Paço Alfândega, que foi vendido para o banco BVA. Antes disso, Jucá era o sócio majoritário do empreendimento.
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