Brasil gerou mais de 220,8 mil empregos formais em agosto

No Nordeste, Pernambuco foi o Estado que registrou maior saldo do emprego formal por causa do começo da safra da cana-de-açúcar
Muitas pessoas procuram um emprego formal na sede da Agência do Trabalho do Recife, na Rua da Aurora. Foto: Cleo Santana/Sedepe/Governo de Pernambuco.

O Brasil registrou um saldo positivo de 220.844 empregos com carteira assinada no mês de agosto deste ano. No acumulado do ano (janeiro a agosto), o saldo é de 1,38 milhão de vagas.O saldo do mês é o reflexo de 2.099.211 admissões contra 1.878.367 desligamentos. No Nordeste, Pernambuco apresentou a maior geração do emprego formal com um saldo de 15.566. No Estado, a alta do emprego em agosto ocorre, anualmente, por causa do começo da safra de cana-de-açúcar.

Ainda no Nordeste, a Bahia registrou um saldo de 11.518 vagas de emprego formal, enquanto no Ceará houve um saldo de 10.932 postos de trabalho. Todos os números acima são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (2) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

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O Caged calcula o saldo do emprego formal subtraindo os desligamentos das contratações que ocorreram no período. E contabiliza somente os empregos formais, aqueles com carteira assinada.

PernambucoPernambuco apresentou o terceiro maior saldo do país — atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, que geraram, respectivamente, 65.462 vagas e 18.992 vagas. Ainda em Pernambuco, no acumulado dos oito primeiros meses do ano, são 25.042 empregos gerados. Para a secretária em exercício da Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco (Sedepe), Cristiane Andrade, “os números mostram não apenas uma retomada da economia, mas também avanço frente ao ano passado”.

Os dados mostraram um crescimento de 3,8%, em relação ao mesmo mês de 2022. Todos os cinco grandes setores produtivos em Pernambuco tiveram saldo de empregos positivo no mês de agosto de 2023.  O resultado foi puxado, principalmente, pelos setores de Indústria (6.884), Serviços (3.567) e Agropecuária (2.854).  Em seguida, vieram Comércio (1.475) e Construção (786). 

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O emprego formal no Ceará

No Ceará, este foi o sétimo mês consecutivo em que o estado registrou saldo positivo na geração de postos de trabalho. Em 2023, o Ceará já acumula 37.966 postos de trabalho gerados, especialmente no setor de serviços, que desponta com a criação de 23.856 empregos. Também registram resultados expressivos os setores da construção civil (7.044) e comércio (4.613).

Em agosto, ocorerram 54.276 contratações no Ceará, superando o número de demissões (43.344). Lá, a expansão do emprego formal ocorreu especialmente nos setores de serviços (3.797), indústria (2.507), comércio (2.300) e construção civil (1.351).“Percebemos que a geração de postos de trabalho segue seu ritmo tradicional e a indústria amplia sua participação em agosto, visando os estoques das vendas de fim de ano. Além disso, em 2023, registramos um dos melhores saldos para o período, considerando os dados do Novo Caged, sinalizando que devemos concluir 2023 com um bom desempenho na geração de empregos”, afirma o secretário do Trabalho, Vladyson Viana.

Considerando os municípios cearenses, além da Capital (5.209), também se destacam os municípios de Sobral (628), Juazeiro do Norte (525), Limoeiro do Norte (441), Eusébio (434), Maracanaú (343) e Crato (330).

Brasil

No ano, as admissões alcançaram 15.937.956 postos, sendo desligados 14.549.894 trabalhadores em todo o Brasil. O estoque de empregos formais no país chegou a 43,8 milhões de postos em agosto, uma variação de 0,51% em relação ao mês anterior. Este foi novamente o maior valor já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020).

Os salários de admissão e desligamento chegaram a R$ 2.037,90 e R$ 2.121,90 em agosto, respectivamente, sendo maior para o grupo masculino, que chegou a R$ 2.116,47, contra R$ 1.924,51 alcançado pelo grupo feminino.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, avalia que os dados mostram o início do processo de aquecimento da massa salarial, que está ligado, segundo ele, ao aumento do salário mínimo e aos acordos coletivos de trabalho, que na grande maioria têm sido além da inflação. “Isso acaba também provocando um crescimento na massa salarial”, diz.

O setor de serviços foi o maior gerador de empregos em agosto, chegando a 114.439 postos no mês. Em seguida, aparece o setor do comércio, com 41.843 empregos criados em agosto. A indústria gerou 31.086 vagas; a construção, 28.359; e a agropecuária, 5.126.

Os menores saldos do emprego formal em agosto foram verificados no Espírito Santos (315), no Acre (448) e em Roraima (689).

*Com informações da Redação do ME

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