Tradicional produtora de energia no Nordeste por causa das águas do São Francisco, a Bahia está usando principalmente os ventos para gerar energia. Atualmente, 73% da energia elétrica produzida por lá tem os ventos como matéria-prima, com base nos dados de abril de geração acumulada em 2023, disponibilizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) recentemente. Os empreendimentos instalados na Bahia respondem por 35% de toda a geração eólica instalada no Brasil, de acordo com o Informe Executivo de Energia Éolica.
“Os principais geradores de energia elétrica por fonte eólica pertencem à região Nordeste, concentrando mais de 80% de toda a energia gerada pela fonte. A Bahia vive uma gigantesca janela de oportunidades neste segmento”, resume o secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE) da Bahia, Angelo Almeida.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Éolica (Aneel), a Bahia conta atualmente com 280 usinas em operação, com 7,63 Gigawatts (GW) de potência outorgada. Os empreendimentos geraram cerca de R$ 35 bilhões em investimentos e 76 mil empregos. Quando as 239 usinas em construção e com construção prestes a iniciar estiverem operando, o estado vai alcançar 17,68 GW em potência instalada. Para se ter uma ideia, a potência instalada da gigante Itaipu é de 14 gigawatts (GW).
Ainda de acordo com a SDE baiana, a estimativa é que sejam investidos mais de R$ 59 bilhões e gerados mais 100 mil empregos com as usinas a serem instaladas.
Energia Solar
Já na geração de energia solar, a Bahia possui 68 parques em operação, em doze municípios, com 2,02 GW de potência outorgada, sendo o segundo Estado que tem mais usinas deste tipo, perdendo apenas para Minas Gerais, que é líder nesse tipo de geração. A energia solar gerada no sertão baiano é capaz de abastecer cerca de 2 milhões de residências e beneficiar 6 milhões de habitantes. O segmento se prepara para crescer com as 5 usinas em construção e 420 a iniciar, que devem investir mais de R$ 65 bilhões e podem gerar mais de 546 mil empregos.
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