Pernambuco perde 2 posições no ranking de exportações em setembro

Embora tenha caído no ranking dase exportações, Pernambuco registrou um crescimento de 16% nas vendas ao exterior em setembro.
Pernambuco saiu do 3º para o 5º lugar nas exportações entre os Estados do Nordeste. Foto: CNI/José Paulo Lacerda

No mês de setembro, o estado de Pernambuco acabou perdendo posições no ranking de exportações do país, saindo do 3º para o 5º lugar nas vendas ao exterior realizadas pelos Estados do Nordeste e manteve o 3º lugar nas importações. No recorte nacional, Pernambuco ocupa o 18º lugar nas exportações de setembro e o 11º lugar nas importações. 

O Estado registrou um crescimento nas exportações, mas o grande aumento das importações desequilibrou a balança comercial.

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O consultor empresarial e presidente do Comitê de Internacionalização do Sistema LIDE PE, Maurício Laranjeira, explica que as importações de Pernambuco tiveram à grande alta no volume de compra de derivados de petróleo importados, principalmente óleo diesel. “Vale salientar que o país é autossuficiente na extração do petróleo, mas essa autossuficiência não existe no processamento. Para suprir o mercado nacional, é preciso importar os derivados, sendo Pernambuco um grande hub importador dos mesmos, através do porto de Suape”.

Observando os resultados de todo o país, setembro de 2022 registrou um bom crescimento de exportações do Brasil – US$ 28,95 bilhões de dólares, um crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período de 2021 – com aumento puxado  pelos produtos agrícolas e da indústria da transformação. Isso representa um superávit de US$ 48 bilhões. 

Enquanto o país desponta, Pernambuco também registra um crescimento das exportações do mês de setembro, com um aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2021, mas não superam as importações. 

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Sobre a queda no ranking das exportações, Maurício salienta que Pernambuco começou sua história como um grande exportador (especialmente de açúcar), mas que foi mudando essa característica com o passar do tempo. 

“Alguns anos atrás, com a chegada de grandes investimentos nos segmentos de químicos, derivados de petróleo e automóveis, voltamos a aumentar as exportações, com novos produtos como óleo combustível, resina PET e automóveis se juntando aos clássicos açúcar, frutas e baterias, mas sem volume suficiente para despontarmos ao nível regional e nacional”, disse o consultor. 

Ele continua, ressaltando que “os grandes volumes exportados pelo Brasil são de commodities agrícolas e minerais. Pernambuco não as tem ou produz, com poucas exceções. Essa questão, da falta de commodities, também é sentida no âmbito regional, ainda mais quando consideramos os estados da Bahia, Maranhão e Piauí”.

Em relação aos produtos exportados, o óleo combustível continua na liderança, com cerca de 27% de todo o valor, mas com uma redução de cerca de 50% em relação ao valor exportado em agosto deste ano, com a resina PET em segundo lugar. 

“A queda na exportação de óleo combustível é devido às condições de mercado, ocorrem flutuações durante todo o ano, pois o grande comprador desse produto de Pernambuco é Singapura, e qualquer movimento provoca grandes mudanças”, explicou Maurício.

A maior parte das importações de Pernambuco corresponde ao petróleo e seus derivados, com destaque especial ao óleo diesel, responsável por 29% de tudo que foi importado em setembro. Outros químicos, automóveis – suas partes/peças – trigo, malte e painéis solares, seguem o ranking. 

Com relação aos principais destinos das nossas vendas, Singapura segue liderando com a pauta única de óleo combustível (fuel oil). Em seguida, vem a Argentina comprando resina PET, acumuladores e automóveis. Em terceiro lugar, os Estados Unidos aparecem como grandes compradores de derivados de petróleo.

Nas importações, os Estados Unidos mantiveram a liderança como principal origem, com 23% do valor total, seguidos de perto pelos Emirados Árabes Unidos, com pauta única de óleo diesel. A Argentina ficou na 3ª colocação, com trigos e veículos, e a China em 4º, com painéis solares e pauta bastante diversificada.

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