PIB de Pernambuco cresceu 0,6% em fevereiro de 2022

Em fevereiro deste ano, o crescimento de 0,6% do PIB pernambucano ocorreu devido às seguintes performances da agropecuária (1,7%), serviços (0,5%) e indústria (2,3%).

O Produto Interno Bruto  (PIB) de Pernambuco apresentou um crescimento de 0,6% em fevereiro último na comparação com o mês anterior e de 1,5% ao comparar o segundo mês de 2022 com o mesmo período do ano passado.”Isso significa que a economia rodou bem em fevereiro. Mas não indica uma tendência e estamos num cenário de muita volatilidade”, resume o gerente de Estudos e Pesquisas Sócioeconômicas da Agência Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães.

O PIB de Pernambuco cresceu 0,6% em fevereiro. A indústria também teve uma performance positiva
A indústria pernambucana apresentou desempenho positivo em fevereiro/Foto: divulgação da Intraplast

O crescimento do PIB é importante porque quando isso ocorre num patamar mais expressivo significa que estão ocorrendo investimentos, há aumento da produção e, consequentemente, vão ser gerados mais empregos. 

- Publicidade -

De uma maneira geral, o PIB é formado por três grandes setores: a indústria, a agropecuária e o de serviços. Aproximadamente 75% de todo o PIB pernambucano é gerado no setor de serviços, que apresentou quedas durante muitos meses da pandemia, porque no ápice da crise sanitária ocorreu o fechamento do comércio, de bares, restaurantes, cinemas, cabeleireiros, entre outros. Em fevereiro último, os serviços apresentaram uma performance de 0,5% a mais do que em janeiro deste ano. Na comparação com fevereiro do ano passado, este acréscimo ficou em 2,7%.

A agropecuária e a indústria pernambucanas também registraram crescimentos, respectivamente, de 1,7% e 2,3% em fevereiro deste ano, comparando com o mês anterior. “Também foi bom o fato de que não houve setor com desempenho negativo em fevereiro. Cresceram a agropecuária, a indústria e os serviços. A agropecuária está indo bem nos últimos anos e escapou dos impactos provocados pela pandemia. A indústria, teve vários problemas durante a crise sanitária, incluindo falta de componentes, como os chips, aumento do preço das matérias-primas”, lembra Rodolfo. A indústria e os serviços apresentaram quedas por vários meses seguidos tanto no PIB do Brasil como no de Pernambuco.

Na comparação com fevereiro do ano passado, a agropecuária cresceu 8,0% e a indústria caiu 4,1% no segundo mês deste ano. “Não há muita nitidez de como vai se comportar a indústria. Pernambuco atualmente passa por um processo de crescimento baixo assim como o Brasil”, explica Rodolfo. 

- Publicidade -

Ele cita também que colaboram para este processo de crescimento baixo circunstâncias que ocorrem nacionalmente e localmente, como o aumento da inflação puxada pela alta do preço dos combustíveis e da energia elétrica, a elevação dos juros que provoca a retração dos investimentos. “A alta da inflação também faz com que o consumo das famílias diminua, impactando todos os demais setores”, conta Rodolfo. Como as coisas ficam mais caras, as pessoas, geralmente,   reduzem o consumo. 

Rodolfo diz também que está muito cedo para fazer projeções do PIB pernambucano de 2022. “Este mês o Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou a previsão de crescimento do PIB do Brasil para 0,8%, quando  o previsto era um aumento de 0,3% no começo deste ano”, comenta. Ele explica que o PIB de Pernambuco pode ter um desempenho melhor do que o nacional em 2022, caso ocorram crescimentos em setores específicos que têm impacto na economia do Estado, como as indústrias automotiva, a de alimentos e a de refino de petróleo.  “Não dá pra ter ideia de como vai se comportar a economia de Pernambuco. Não estamos fazendo projeções de percentual, porque ainda estamos num cenário de muita volatilidade”, conclui. 

O crescimento do PIB do Brasil só será sustentável quando ocorrer uma melhora na infraestrutura e no setor tributário, um dos mais confusos do mundo. Os últimos crescimento da economia do Brasil se basearam apenas no crescimento do consumo.

Leia mais

PIB tem alta de 1,2% no primeiro trimestre

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -