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Porto de Natal receberá R$ 109 mi para dragagem e operação noturna

As duas obras vão permitir o Porto de Natal aumentar o calado e movimentar os navios à noite
Ângela Fernanda Belfort
Ângela Fernanda Belfort
De Recife angela.belfort@movimentoeconomico.com.br
Depois das obras, o Porto de Natal será capaz de receber navios maiores e podem surgir novos negócios. Foto: Codern/Divulgação

O Porto de Natal, no Rio Grande do Norte, vai receber investimentos da ordem de R$ 109 milhões em duas obras que vão deixar a estatal apta a receber navios maiores e, consequentemente, movimentar mais cargas. Será realizada uma dragagem de manutenção e as defesas da ponte próxima ao cais.

A dragagem terá um custo estimado de R$ 62 milhões que serão bancados pelo Ministério dos Portos com recursos da União e da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern). Já as obras da defesa da ponte sairá por aproximadamente R$ 47 milhões que sairão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Ministério dos Portos.

As duas obras vão fazer o calado do Porto de Natal chegar a 12,5 metros, enquanto hoje é de 10 metros, segundo o diretor presidente Codern, Paulo Henrique Macedo. O valor exato das obras será definido depois que ocorrer a licitação para a contratação das empresas que vão executar as mesmas.

“A dragagem é importante para a manutenção do canal (que dá acesso ao cais), da segurança para a movimentação do canal do acesso e ampliação dos negócios. Já a obra das defesas da ponte vai permitir ao porto ter movimentação no horário noturno”, conta Paulo Henrique. Ainda de acordo com o diretor, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, teve uma audiência, na semana passada, com o ministro dos Portos, Sílvio Costa Filho, que informou que os recursos estão assegurados para as obras do Porto de Natal.

Diretor-presidente da Codern, Paulo Henrique Macedo, diz que a obra das defesas da ponte vai permitir a movimentação dos navios durante à noite. Foto:Codern/Divulgação

No ano passado, o Porto de Natal movimentou cerca de 400 mil toneladas de carga. Desse total, açúcar e frutas respondem por cerca de 90% da movimentação. As frutas que passam pela estatal são principalmente os melões e melancias cultivados no Rio Grande do Norte. “Em 2024, também foram movimentadas, numa menor quantidade, uvas e mangas de Petrolina e sondas de perfuração (de petróleo) on shore”, comenta Paulo Herique.

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O Porto de Natal é administrado pela Codern, que também responde pelo Porto de Maceió, em Alagoas, e também administra o Terminal Salineiro de Areia Branca, que está arrendado à iniciativa privada.

Plano Estratégio previa dragagem do Porto de Natal

Publicado em 2019, o Plano Estratégico do Porto de Natal previa a ampliação da bacia de evolução para 500 metros de largura e o aprofundamento do canal de acesso para até 15 metros, atendendo ao perfil futuro da frota marítima e possibilitando a operação com navios de maior porte.

A construção de um novo berço de atracação na margem esquerda do Rio Potengi também integrava as metas de expansão, com proposta de implantação de um terminal portuário de múltiplo uso com 1.000 metros de cais e 1 km² de retroárea para movimentação de contêineres, granéis sólidos e líquidos, entre outras cargas​.

Desde a dragagem de 2006, o canal opera com profundidade limitada e navegação restrita, especialmente durante a noite. Estudos técnicos recentes destacam a urgência da nova sinalização náutica e batimetria para garantir segurança e ampliar a capacidade operacional. Além disso, a implantação de uma via expressa entre Natal e Parnamirim, no trecho da BR-101, é considerada essencial para resolver gargalos logísticos no acesso rodoviário ao porto​.

Historicamente, o Porto de Natal foi oficialmente criado em 1932 por decreto presidencial de Getúlio Vargas e, desde então, passou por diversas melhorias estruturais. As principais obras recentes incluem o alargamento dos berços 01 e 02 em 1986, a construção do berço 03 em 2001, e o Terminal Marítimo de Passageiros, concluído em junho de 2014​.

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