Porto de Suape: dragagem começa em 2024

Intervenção vai aumentar a profundidade do canal interno do Porto de Suape para 16,2 metros, permitindo a atracação das maiores embarcações atualmente utilizadas no transporte marítimo de carga
Abertura do processo de licitação para dragagem do Porto de Suape reuniu Sílvio Costa Filho e Raquel Lyra no Palácio do Campo das Princesas
Lançamento do edital de dragagem do Porto de Suape reuniu o ministro Sílvio Costa Filho e a governadora Raquel Lyra no Recife/Foto: Bárbara Travassos (Sdec)

O Governo de Pernambuco prevê iniciar, entre o final do primeiro semestre e o início do segundo do próximo ano, a dragagem do canal interno do Porto de Suape, que vai permitir a atracação de porta-contêineres de até 366 metros de comprimento e outras embarcações com capacidade máxima, garantindo assim condições operacionais para o incremento na movimentação de cargas.

O edital de licitação do projeto foi lançado, nesta sexta-feira (22), pelo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, a governadora Raquel Lyra e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. A cerimônia foi realizada na sede do governo estadual, em Recife (PE).

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Silvio Costa Filho enfatizou que as obras vão aumentar a capacidade de Suape e aumentar a geração de emprego de Pernambuco. O governo federal vai repassar R$ 101 milhões para o projeto. Outros R$ 103 milhões serão investidos pelo governo estadual, segundo a governadora.

O processo licitatório deverá ser concluído no primeiro trimestre de 2024 e o início das obras, em mais um trimestre, coincidirá com a finalização das intervenções que estão em curso no canal externo do porto a fim de garantir melhoria das condições operacionais para granéis líquidos (petróleo cru e derivados).

Com intervenção no canal interno, que terá duração de 8 meses, a profundidade vai atingir 16,2 metros, possibilitando a operação das maiores embarcações utilizadas atualmente no transporte marítimo de cargas. Hoje, apenas navios com calado (parte submersa) de 12,1 metros podem acessar o atracadouro no período do inverno, na maré zero.

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Também será contemplada, na mesma licitação, a dragagem de manutenção da bacia de evolução dos píeres de granéis líquidos 3A e 3B, com objetivo de aumentar a profundidade para 18,5 metros.

Guilherme Cavalcanti ressalta potencial de atração de novas rotas para o Porto de Suape com aumento da profundidade
Guilherme Cavalcanti destaca importância da dragagem do Porto de Suape para a atração de novas rotas/Foto: Tony Holanda (Adepe)

Porto de Suape pode dar salto na movimentação

O secretário Guilherme Cavalcanti ressalta que a dragagem completa do Porto de Suape é um passo importante para a atração de novas rotas para o ancoradouro e para que Suape seja escalado para operação de navios que ainda não tem condições de receber.

A obra terá impacto em todo o porto, potencializado a operação dos diversos píeres e cais do ancoradouro, além dos dois terminais de contêineres do complexo. O primeiro, da ICTSI (Filipinas) funciona desde 2002.

A APM Terminals, subsidiária do Grupo A. P. Moller – Maersk, de origem dinamarquesa, começa no próximo ano a construção de um empreendimento concorrente, que será implantado numa área adquirida ao Atlântico Sul Heavy Industry Solutions.

O novo tecon possibilitará mais conexões de Suape com os principais portos do mundo, além de incrementar o volume de movimentação de cargas de cabotagem (entre portos nacionais), setor no qual Suape já é líder no Brasil.

Com dois terminais de carga conteinerizada operando, a expectativa é de que o Porto de Suape ganhe ainda mais tração como hub concentrador e distribuidor de contêineres no Nordeste.

Dragagem do Porto de Suape vai remover 3,8 milhões de m³

A dragagem do Porto de Suape tem previsão de remover 3,8 milhões de metros cúbicos de areia e lama. A obra vai não apenas liberar o canal interno para a atracação de navios de grande porte, mas também proporcionar eficiência e segurança nestas operações, tornando o porto mais competitivo.

Como o projeto precisa atender a rigorosos critérios na área ambiental, a destinação deste material deve se dar de forma sustentáveld. Os sedimentos removidos pela draga no fundo do mar vão ser encaminhados para uma área licenciada pelos órgãos de fiscalização, conhecida como bota-fora.

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