Bolsa em queda: oportunidade ou hora de mudar o rumo dos investimentos?

Vários fatores levaram o Ibovespa a perder pontos. Mas, agora, vem o momento da diferenciação de qualidade nos papéis da B3 Por Patrícia Raposo Com a expectativa de os juros futuro dobrarem sua projeção de 5% para 10% ao ano em 2024, a atratividade da bolsa já não é a mesma de meses atrás, quando […]

Vários fatores levaram o Ibovespa a perder pontos. Mas, agora, vem o momento da diferenciação de qualidade nos papéis da B3

Por Patrícia Raposo

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Com a expectativa de os juros futuro dobrarem sua projeção de 5% para 10% ao ano em 2024, a atratividade da bolsa já não é a mesma de meses atrás, quando a Selic estava em 2% ao ano. Na sexta-feira, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 118.053 pontos, com alta de 0,76%, mas as perdas acumuladas já chegam perto dos 10% desde a alta histórica, que levou o índice aos 130.776 pontos. A queda acentuada aponta para crescimento na captação da renda fixa. No entanto, o cenário oferece oportunidades na renda variável.

Ibovespa pede pontos e renda fixa desponta/ Foto: Pixabay

Incertezas fiscais, inflação em alta, crise política e mudanças na conjuntura internacional são alguns fatores que trazem instabilidade ao cenário. As principais quedas atingiram papéis de empresas de tecnologia, empresas que fizeram IPOs recentes, e small caps, que são empresas de baixa capitalização. “A queda foi sem diferença de qualidade, caíram as boas e as más empresas”, explica Thiago Pflueger, da Athena Investimentos.

Por que a queda?

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Uma queda provocada pela saída de investidores institucionais, os fundos de investimentos multimercado, que vendo os juros em viés de alta, zeraram suas ações e foram para aplicações mais conservadoras. “Foi uma movimentação muito rápida de venda”, analisa Thiago.

Essa movimentação levou muitos investidores a se desfazerem de suas posições e fez o Ibovespa ficar abaixo dos 120 mil pontos. Com a expectativa de os juros aumentarem – e o mercado está prevendo mais altas, podendo chegar a 7,5% ou 8% no final do ano, a renda fixa torna-se bem atrativa. “Já tem aplicações em renda fixa conservadora pagando de 10%, 12%”, revela Thiago.

Oportunidade

Não quer dizer que bolsa vai despencar, até porque houve um forte ingresso quando a Selic foi ao seu patamar mais baixo na história. “Na verdade, gora vem o momento da diferenciação de qualidade, quando se deve olhar para as empresas que fizeram IPO, para as empresas de tecnologia, mas com uma análise criteriosa para ver o que faz sentido ser adquirido”, orienta Thiago.

Alexandre Brito, sócio e responsável pela área de gestão de patrimônio da Finacap Investimentos, concorda . “O lucro das empresas do índice Ibovespa multiplicou por dez entre junho de 2020 e junho de 2021”, ressalta. “Os resultados das empresas estão excelentes e a queda atual abriu boa oportunidade de compra. A preocupação do mercado está voltada à manutenção do teto de gastos”, reflete.

De todo modo, não dá para tirar os olhos da renda fixa, que tende a ser mais atraente com a expectativa dos juros futuros. “E se o risco fiscal aumentar, as taxas podem subir ainda”, diz Thiago, lembrando que as ações não vão entregar retorno de 10% sem alto risco. “Neste cenário, minha sugestão é entrar na renda variável bem devagar”, orienta.  

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