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Antecipação do 13º salário vai injetar R$ 318 milhões na economia de Sergipe

Na região Nordeste, a antecipação do 13º deve movimentar cerca de R$ 15,76 bilhões, sendo a segunda mais beneficiada do país, atrás apenas da região Sudeste
Economista Josenito Oliveira antecipação
Economista Josenito Oliveira: “Esse dinheiro tende a ser usado principalmente para alimentação, saúde e pagamento de dívidas Foto: Ascom/Unit

Mais de 340 mil aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Sergipe começaram a receber a antecipação do 13º salário desde o dia 25 de abril, que prossegue até 7 de junho. A medida vai injetar aproximadamente R$ 318 milhões na economia do estado, impulsionando o consumo, fortalecendo o comércio e contribuindo para o pagamento de dívidas, especialmente nos municípios do interior, onde boa parte da renda circulante vem dos benefícios previdenciários.

Na região Nordeste, o adiantamento deve movimentar cerca de R$ 15,76 bilhões, sendo a segunda mais beneficiada do país, atrás apenas da região Sudeste. A expectativa é que esse volume de recursos tenha impacto direto no fortalecimento do comércio regional, especialmente neste período de festas juninas, tradicionalmente aquecido economicamente.

Dinheiro fortalece o comércio, principalmente, durante os festejos juninos. Foto: Ascom/Setur

Em todo o Brasil, o governo federal estima que a antecipação do 13º salário do INSS injete aproximadamente R$ 73 bilhões na economia até o mês de junho. O pagamento, que normalmente acontece no segundo semestre, foi antecipado como medida para estimular a atividade econômica e mitigar os efeitos da inflação sobre itens essenciais.

Recurso extra

O economista e professor da Universidade Tiradentes (Unit), Josenito Oliveira, destaca que o impacto é ainda mais forte em cidades pequenas, onde o benefício pode representar a principal fonte de renda familiar.

“Como cerca de 70% dos aposentados recebem até um salário mínimo, esse dinheiro tende a ser usado principalmente para alimentação, saúde e pagamento de dívidas. Isso movimenta o comércio local, favorece a geração de empregos temporários e fortalece os serviços”, explica.

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Segundo ele, mesmo sendo uma ação pontual, a antecipação gera efeitos relevantes no curto prazo. “Em muitos municípios do interior, a economia gira em torno da aposentadoria. Esse tipo de medida traz fôlego para o mercado local e aumenta a arrecadação municipal por meio de impostos como o ISS e o ICMS.”

Calendário

A liberação dos valores segue cronograma escalonado, com base no número final do benefício. Os primeiros a receber foram os segurados com renda de até um salário mínimo. A segunda parcela será paga entre os dias 26 de maio e 7 de junho, também de forma escalonada.

O economista afirma que cerca de 377 setores da economia serão impactados positivamente. “Esse recurso, que normalmente só entra no orçamento no fim do ano, está sendo disponibilizado agora para estimular a economia ainda no primeiro semestre. É uma forma de compensar a perda de poder de compra da população com os efeitos da inflação”, afirma Josenito.

Apesar do estímulo, ele alerta que o impacto inflacionário deve ser pequeno. “Pode haver uma leve pressão sobre os preços, mas sem risco de descontrole. E o Banco Central tem instrumentos para conter eventuais oscilações, se necessário.”

Usar bem

Josenito orienta os beneficiários a agirem com planejamento e cautela. Para quem tem dívidas, o ideal é utilizar o valor para quitá-las. Já quem está com as finanças equilibradas pode aproveitar para formar uma reserva de emergência.

Ele sugere a aplicação da regra do “4-3-2-1” para organizar o uso do recurso: 40% para necessidades básicas (alimentação, moradia);  30% para contas fixas mensais; 20% para poupança de emergência; 10% para lazer.

Com cerca de 70% das famílias brasileiras endividadas, a antecipação do 13º salário representa também uma oportunidade para reorganizar o orçamento doméstico.

“Além de estimular o consumo, o recurso pode ser usado estrategicamente para sair do vermelho. E é importante lembrar que o começo do próximo ano traz novas despesas. Usar esse dinheiro agora com inteligência evita problemas financeiros futuros”, conclui o economista.

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