Quatro consórcios vão receber R$ 32 milhões para tratar resíduos sólidos

Após a elaboração dos projetos técnico, econômico-financeiro e jurídico, a licitação será realizada pelos consórcios para contratação das empresas que vão executar as obras.
coleta de resíduos

Quatro consórcios de municípios pernambucanos foram habilitados entre os dez primeiros colocados no edital do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) de Resíduos Sólidos do Governo Federal. Cada grupo selecionado vai receber em torno de R$ 8 milhões em investimentos, incluindo consultoria especializada, para a elaboração dos projetos técnico, econômico-financeiro e jurídico. Os projetos são voltados ao manejo de resíduos domiciliares, como coleta, transbordo, transporte, triagem, entre outros.

A verba vem do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP), gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Caixa Econômica Federal (CEF), em parceria com a Secretaria Especial para o Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República do Governo Federal (SEPPI-CC).

- Publicidade -

O Consórcio dos Municípios Pernambucanos (Comupe), vinculado à Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), ficou em segundo lugar no edital e deve iniciar os trabalhos já a partir de junho.

Também foi habilitado o Consórcio Intermunicipal do Sertão do Araripe Pernambucano (Cisape), que reúne 12 municípios: Trindade, Santa Filomena, Santa Cruz, Parnamirim, Ouricuri, Moreilândia, Ipubi, Granito, Exu, Dormentes, Bodocó e Afrânio;

Outros consórcios habilitados foram o dos Municípios da Mata Sul Pernambucana, que engloba sete cidades – por Xexéu, Ribeirão, Pombos, Palmares, Escada, Cortês e Chã Grande – e o Consórcio Público para o Desenvolvimento da Região Agreste Meridional de Pernambuco. Ele reúne 11 cidades: Tupanatinga, São João, Paranatama, Palmeirina, Manari, Lajedo, Jucati, Itaíba, Calçado, Angelim e Águas Belas.

- Publicidade -

Avanço no tratamento de resíduos

Esse resultado representa um avanço para a gestão de resíduos sólidos de Pernambuco. “Uma modelagem adequada para a gestão dos resíduos sólidos traz resultados não apenas para o meio ambiente, mas gera emprego, melhora a renda, cria novas oportunidades para Pernambuco, com impactos positivos até mesmo na saúde pública, trazendo justiça ambiental”, comemora a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha do estado de Pernambuco, Ana Luiza Ferreira.

Ana Luiza Aguiar
Secretária Ana Luiza Ferreira/foto: divulgação SEMAS-PE

A secretária aponta que, entre os ganhos para a sociedade e meio ambiente, destacam-se a manutenção do fim dos lixões – um feito histórico para Pernambuco -, redução da poluição do solo, ar e água, melhoria na qualidade dos serviços, fortalecimento da atividade de logística e valorização do trabalho dos catadores de lixo, hoje considerados agentes fundamentais desse processo.

A partir de agora, o executivo estadual, através da Semas-PE, a Caixa e o BNDES trabalharão de forma colaborativa e integrada para encontrar soluções que integrarão um modelo não só para Pernambuco e seus municípios, mas que também poderá ser replicado futuramente para todo o Brasil.

Logística reversa

O contrato prevê a criação de uma modelagem de gestão que contemple iniciativas e alternativas para reduzir os impactos produzidos por esses materiais ao serem descartados no meio ambiente. Uma delas, por exemplo, é a logística reversa, em que o lixo produzido por empresas e indústrias seja de sua própria responsabilidade e voltem para que elas mesmas façam a destinação correta e/ou reaproveitamento de seus rejeitos.

Nesta primeira fase, será feito um diagnóstico da realidade de cada município. Estimativa de indicadores financeiros, operacionais, identificação de aterros controlados no município e de possíveis áreas a serem destinadas ao tratamento e disposição final de resíduos, a viabilidade ambiental e social das soluções, entre outros pontos, necessários para elaboração dos projetos.

Após esse mapeamento, serão elaborados os projetos técnico, econômico-financeiro e jurídico com recursos do FEP. Ao serem concluídos, a licitação é realizada pelo consórcio e a empresa vencedora será a responsável por operacionalizar o projeto elaborado pelo FEP.

“O lixo é um ativo. A falta de políticas adequadas de manejo faz com que empresas públicas e privadas percam oportunidades reais e transformem seus negócios”, reforça a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha de Pernambuco.

Leia também:

Ambientalistas cobram novo local ao Governo Federal para Escola de Sargentos em Aldeia/PE
Em reunião com presidentes sul-americanos, Lula defende integração regional
Tebet: Educação e Saúde estarão de fora do bloqueio orçamentário de R$ 1,7 bilhão
Lula nomeia primeira mulher para chefiar embaixada do Brasil nos EUA
Ao lado de Maduro, Lula defende união de países latino-americanos
Diogo Moraes retorna à Alepe para exercer o 4º mandato de deputado

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -