Diante dos casos de gripe aviária em países vizinhos ao Brasil, produtores de Pernambuco preocupados com o possível avanço da doença pretendem discutir medidas de prevenção no estado. Nesta quarta-feira (1º), às 17h, a diretoria da Associação Avícola de Pernambuco (AVIPE) e a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) se reúnem na Secretaria da Agricultura do Estado de Pernambuco, para prevenir e reduzir os impactos que a doença pode trazer à economia.
A reunião conta ainda com a presença da deputada estadual Débora Almeida (PSDB), que representa o agronegócio na Assembleia Legislativa de Pernambuco, e representa o início do processo de fortalecimento nas ações de prevenção da Influenza Aviária no estado, que o é maior produtor de aves do Nordeste.
Para os setores envolvidos, é real a possibilidade da chegada desta grave enfermidade que ataca as aves de forma mortal. Na pauta programada com a Secretaria, serão tratados temas como a prevenção e as ações no combate à gripe aviária e alguns outros assuntos de interesse do setor.
“A gripe aviária tem uma patogenicidade muito alta, pode trazer muitos efeitos ruins à economia. No hemisfério norte é inverno e as aves migratórias vêm ao hemisfério sul, podendo trazer o vírus”, declarou a deputada Débora Almeida.
Gripe aviária: risco à economia
A parlamentar frisa que a avicultura é muito forte em Pernambuco, que produz 14 milhões de ovos por dia e 14 milhões de frangos ao mês, configurando-se como o maior produtor de frangos no Nordeste, 4º maior produtor do Brasil, o que gera 170 mil empregos diretos que podem ser impactados caso a doença chegue à região.
A gripe pode reduzir a oferta de ovos e de frango no mercado, devido ao sacrifício de plantéis onde a doença é detectada. Isso geraria elevação dos preços dos produtos, com reflexos na cesta básica, uma vez que ovos e frango estão presentes em muitos outros alimentos e receitas.
Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o tema também será discutido por Débora Almeida na Comissão de Agricultura da Casa. Ela afirma que além do debate sobre a gripe aviária, também pretende abordar temas que ajudem a avicultura do estado a ser mais competitiva, como a viabilização do ramal da ferrovia Transnordestina.
“O ramal da Transnordestina até Suape é muito importante, porque todo o milho e soja consumido aqui vem de fora, por via rodoviária, encarecendo de 3 a 4 vezes o transporte em relação à linha férrea”, disse a deputada.
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