Copergás fecha 2022 com recordes e passa a distribuir biometano

A Copergás será a terceira empresa no Brasil a distribuir biometano.
Copergás bateu recorde de faturamento em 2021 e repetirá o desempenho em 2022/Foto: divulgação

A Copergás vai encerrar o ano de 2022 com alguns recordes e várias conquistas. A empresa e acaba de fechar um contrato com mais um supridor de gás natural, a Origem, de Alagoas, e está prestes a se tornar a terceira comercializadora de gás no Brasil a distribuir o biometano, depois do Ceará e São Paulo.

A Origem é a quarta fornecedora contratada após a quebra da exclusividade com a Petrobras e vai injetar 200 mil m³ por dia no gasoduto da Copergás nos próximos quatro anos. A empresa alagoana é uma grande produtora independente de gás, que cresceu com a compra de ativos da Petrobras.

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Para o gás biometano, a Copergás está em negociações avançadas com a Orizon. A empresa de gestão de resíduos tem sede em São Paulo e opera um aterro sanitário em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, de onde virá o biometano.

Esse gás surge da decomposição dos resíduos orgânicos e é usado para gerar energia elétrica, atenuando os efeitos do aquecimento global. A unidade administrada pela Orizon no município pernambucano recebe cerca de 1,3 milhão de toneladas de lixo anualmente, vindas do Recife e mais sete municípios.

O biometano adquirido pela Copergás será injetado na rede. Mas ainda que se misture com o gás natural, é um passo importante dado pela comercializadora. “Algumas empresas estão adotando em sua política de energia limpa o uso do biometano. Ainda não temos condições de enviar esse gás pelos gasodutos de forma exclusiva – ele pode ir por caminhões-, mas a Copergás vai dar esse passo mais adiante”, explica o presidente da Copergás, André Campos. A expectativa é que o suprimento de biometano comece no início de 2023.

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Fechando o ciclo

Campos está concluindo um ciclo de quatro anos à frente da Copergás. Ele assumiu a empresa de economia mista – tem como sócios a Mitsui Gás e Energia do Brasil, a Commit Gás e o Governo de Pernambuco, que é majoritário – com a missão de levar o gás para o interior do estado.

Quando iniciou sua gestão, a distribuição de gás abrangia apenas a Região Metropolitana do Recife, alcançando o município de Goiana, na Mata Norte, e o Cabo de Santo Agostinho, no Litoral Sul. No interior, chegava até Belo Jardim, no Agreste.  

André Campos: fechando ciclo na Copergás/Foto: divulgação

Entre 2021 e 2022, a empresa inaugurou projetos de Rede Local em Petrolina (no Sertão do São Francisco) e em Garanhuns (Agreste). Nestes dois casos, o gás é levado por caminhões-contêineres em estado líquido, o chamado GNL (Gás Natural Liquefeito). Nessa condição, o gás natural tem seu volume reduzido em 600 vezes. Ao chegar ao município, o produto é regaseificado, voltando à sua forma gasosa. “Se fossemos esperar pelos gasodutos, esses municípios não teriam gás tão cedo. Essa é uma forma pioneira e econômica de distribuir o gás”, explica Campos.

gás em Petrolina
Unidade de regaseificação de Petrolina, no Sertão/Foto: divulgação Copergás

Além disso, a oferta cresceu em Caruaru, Belo Jardim e Gravatá. Em Ipojuca, todos os hotéis passaram a receber gás. Em 2023, obras serão iniciadas para levar o gás natural a Escada, na Zona da Mata Meridional.

O Sertão também terá oferta ampliada: a meta é chegar com GNL à região do Araripe até 2026, para atender ao polo gesseiro. Aqui também serão usados caminhões-contêineres. Neste mesmo período, a rede de gasodutos deve alcançar Palmares e Xexéu, na Mata Sul, fronteira com Alagoas. “Hoje podemos dizer que Pernambuco tem gás do Litoral ao Sertão”, diz André Campos.

Esses avanços permitiram que a Copergás alcançasse o maior faturamento da sua história em 2021: R$ 2,16 bilhões, valor 56% maior que o do ano anterior.  Para este ano, outro recorde é esperado, com crescimento entre 6% e 7% sobre o ano passado.

Postos da rede Copergás

Um dos fatores que contribuiu foi a expansão de postos de abastecimento. “Saltamos de 59 para 105, praticamente dobrando o número. E este ano, cerca de 10 mil carros devem fazer a conversão para o gás”, comemora André Campos. No segmento industrial, 122 indústrias já recebem gás natural. São mais de 70 mil clientes distribuídos nos segmentos industrial, residencial, veicular, comercial, veicular, termoelétrico e de cogeração.

A rede de distribuição de gás natural da Copergás também cresceu. Foram mais 100km só este ano, outro recorde na história da companhia. Hoje, são 1.100 km de gasodutos. A previsão para os próximos 6 anos é de construção de mais 745 km de gasodutos. Considerando os oito anos do governo Paulo Câmara, a Copergás ampliou sua rede de gasodutos em 44%, crescendo de 750 km para cerca de 1.100 km.

A empresa comercializou entre janeiro e outubro de 1,724 milhão de m³/dia.  A meta da companhia para 2022 é de 1,740 milhão de m³/dia. Os números compreendem o total comercializado para os segmentos industrial, comercial, GNV e residencial.

Coroando o êxito da gestão e seu aniversário de 30 anos (foi fundada em 17 de setembro de 1992), a Copergás conquistou um dos mais tradicionais prêmios de Economia do Brasil, o Melhores e Maiores, da Revista Exame, ficando em 7º lugar entre todas as empresas do país, no setor de Energia.

“Onde o gás chega, leva desenvolvimento. Temos que chegar antes, para que as indústrias possam vir depois”, diz Campos. Nos próximos seis anos, a companhia deve investir R$ 595 milhões em infraestrutura para alcançar novos consumidores e levar o gás a mais distritos industriais, contribuindo assim para a atração de novos investimentos para o estado.

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