Caso Braskem começa a ser julgado na Holanda

O país sedia algumas subsidiárias da Braskem.
Braskem
Bairros afundados em Maceió pelas minas da Braskem/Foto: Observatório da Mineração

Começa nesta quinta-feira (15) o julgamento do caso Braskem na Justiça Holandesa, onde tramita desde 2020, no Tribunal de Roterdã. A ação tem jurisprudência internacional, o que faz com que processos semelhantes tenham o mesmo entendimento em outros países, principalmente no Brasil. O caso foi aceito pela Justiça holandesa, sob alegação de que estava parado no Brasil. O país sedia algumas subsidiárias da Braskem.

O processo reúne um pequeno grupo de vítimas do afundamento do solo em Maceió por minas de sal-gema da Braskem. Cerca de 60 mil pessoas foram afetadas pelas ações da Braskem, que culminaram no isolamento socioeconômico e na desapropriação da região. Mas a ação na Holanda reúne apenas 10 pessoas, que são representadas pelo escritório Pogust Goodhead. A audiência vai discutir o mérito. A partir disso, uma sentença poderá ser publicada até agosto de 2024.

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Há cerca de quatro anos as vítimas do afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, causado pela mineradora, tentam garantir os direitos na corte da Holanda.

Confira o posicionamento da empresa:

“A Braskem informa que a ação em curso na Holanda é individual e não coletiva e está em fase inicial. Amanhã (15-02), está prevista uma audiência para oitiva das partes. Vale destacar que a única decisão existente determinou que o processo continue para a fase de avaliação do mérito. A Braskem informa ainda que os autores dessa ação movida na Holanda já receberam proposta no âmbito do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF).

A Companhia, por meio de seus representantes, vem adotando as medidas processuais cabíveis e reafirma seu compromisso em não poupar esforços para preservar a segurança das pessoas e realizar a compensação financeira no menor tempo possível. Essas são prioridades para a empresa e, por isso, continuará desenvolvendo seu trabalho, de forma diligente, em Maceió.

Por meio do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF), 99,8% das propostas de indenização previstas foram apresentadas e 94% já foram pagas.”

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