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O mercado de imóveis de luxo no Nordeste cresceu 85% nos últimos dois anos, destacando-se como um setor em ascensão. Em 2024, foram lançadas 1.143 unidades no segmento de luxo e superluxo, representando 3% das vendas da região, mas correspondendo a 25% do valor total das transações imobiliárias. Os dados são da Brain Inteligência Estratégica.
A pesquisa foi encomendado pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PE) e mostra que, entre as dez cidades com maior ticket médio no Brasil para imóveis de luxo, quatro são do Nordeste, conforme gráfico abaixo:
Quando o levantamento se concentra nos imóveis de super luxo, apenas Fortaleza se destaca entre as dez primeiras cidades brasileiras.
Fortaleza também se sobressai, junto com Maceió, entre as cidades com maior preço do metro quadrado para imóveis de luxo e super luxo:
Obstáculos para o luxo no Recife
Segundo Rafael Simões, presidente da Ademi-PE, Recife tem grande potencial para o mercado de alto padrão, contando com a maior renda per capita do Nordeste. No entanto, entraves legislativos dificultam o desenvolvimento do setor. “O volume de metros quadrados permitido para construção e a viabilidade econômica da compra de terrenos são fatores limitantes na capital pernambucana”, destaca Simões.
Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica, aponta outro obstáculo: a ausência de um mercado consolidado de alto padrão na cidade. “Não há nem mesmo o substituto direto, que é o loteamento de alto padrão”, ressalta. Essa limitação reduz as opções para investidores e consumidores interessados em imóveis de luxo, dificultando o avanço do segmento.
Apesar desse cenário, há sinais positivos. O CEO da Moura Dubeux, Diego Villar, destaca que Pernambuco já possui um mercado aquecido de segunda moradia, com áreas como Carneiros e Muro Alto apresentando o metro quadrado mais caro do Nordeste. Além disso, o mercado de imóveis antigos na avenida Boa Viagem tem mostrado movimentação expressiva. Para especialistas, criar um ambiente favorável ao desenvolvimento imobiliário de luxo pode tornar Recife um polo competitivo no setor, alinhando-se ao crescimento observado em outras capitais nordestinas.
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