Cinquenta e quatro protocolos de intenção apresentados por empresas privadas interessadas em se instalar no Ceará e oito pedidos de benefícios para empreendimentos industriais que já estão em implantação foram aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (Condec) do estado. Juntos, eles devem gerar R$ 463 milhões em investimentos e mais de 5,5 mil empregos diretos. Os pleitos foram apreciados na segunda reunião do ano do colegiado, divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Governo do Ceará.
Os investimentos previstos, responsáveis por uma projeção de R$ 427 milhões em recursos privados e cinco mil empregos gerados, abrangem setores como o do agronegócio, o metalúrgico, o químico e o calçadista. Os novos empreendimentos serão sediados em 19 municípios. Já as empresas que estão em processo de instalação e que tiveram benefícios aprovados somam um aporte de R$ 36 milhões e a geração de 600 empregos diretos nos setores de embalagens, insumos agropecuários, móveis e equipamentos elétricos.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Danilo Serpa, explica que os números são animadores porque atendem ao propósito de interiorizar os investimentos e as atividades produtivas. “Essa é uma das orientações do governador Elmano de Freitas. Temos focado nossos esforços para atrair e manter investimentos no Ceará”, diz o executivo, que integra o Condec e é responsável por operacionalizar o Fundo de Desenvolvimento Industrial do Estado (FDI).
Mesmo após revés, aportes públicos têm criado ambiente favorável, diz governo
Apesar de um revés recente para a economia do estado, com o fechamento das fábricas da Paquetá, grupo gaúcho em recuperação judicial desde 2019, o governo cearense tem celebrado a chegada e o interesse de expansão de empreendimentos como o da Arezzo, que adquiriu duas das seis plantas fabris da Paquetá no estado, absorvendo cerca de 1,3 mil dos três mil trabalhadores do ramo de calçados desligados em meio ao processo.
De acordo com o Governo do Ceará, esses resultados confirmam “o grande potencial de crescimento que centenas de empresas e instituições depositam” no estado. Na quarta-feira (22), a gestão estadual já havia destacado os investimentos em infraestrutura, que somaram R$ 1,3 bilhão nos últimos cinco anos.
Segundo dois levantamentos especializados, a aplicação desses recursos fez o estado virar a chave no que concerne à conservação de estradas, um dos gargalos para a produção econômica. Os aportes se concentraram em corredores importantes para as atividades produtivas, especialmente os que ligam ao Porto do Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza, fazendo com que, atualmente, mais de 80% das estradas tenham conceito bom.
Ceará: investimentos anunciados em 2024 já superam R$ 3,5 bi
O Condec é presidido pela Casa Civil e composto pela Adece e por representantes das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico, da Fazenda, de Desenvolvimento Agrário e de Planejamento e Gestão.
Além dos protocolos de intenção e dos benefícios, também foram avaliados, na reunião desta semana, pleitos referentes a aditivos de contratos e isenção de impostos para importação de máquinas, equipamentos e matéria-prima, totalizando 138 solicitações em todas as categorias analisadas. “Somente nesta reunião, aprovamos protocolos de novos empreendimentos que vão beneficiar 19 municípios cearenses. É um cenário que vai proporcionar a geração de emprego e renda”, completou Danilo Serpa, da Adece.
Considerando a primeira reunião de 2024, promovida pelo Condec em abril, a soma de pleitos de empresas implantadas ou que desejam se instalar no Ceará este ano já chega a 256. Isso representa mais de R$ 3,5 bilhões em investimentos e a geração de mais de dez mil novos postos de trabalho.
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