Após investir R$ 1,3 bi, CE tem virada de chave na conservação de estradas

Estado, que já teve oito de cada dez estradas avaliadas como ruins ou péssimas, hoje tem 81% com conceito bom
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CE-155 é uma das estradas que passam por obras estratégicas para a economia do estado. Foto: Governo do Ceará/Divulgação

Com 72% da malha viária pavimentada e a melhor avaliação histórica nesse segmento, o Ceará comemora os resultados de R$ 1,37 bilhão em investimentos em infraestrutura nos últimos cinco anos. O balanço, divulgado na quarta-feira (22), é um alento para um estado que, em 2015, tinha oito de cada dez rodovias classificadas como ruins ou péssimas em levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Além dos aportes feitos nesse setor, que priorizam corredores importantes para as atividades produtivas, uma rearrumação administrativa está entre os fatores apontados pelo Governo do Ceará para a virada de chave na conservação e na implantação de estradas.

Em 2019, o Poder Executivo fundiu o Departamento Estadual de Rodovias (DER) e o Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE), que deram origem à Superintendência de Obras Públicas (SOP). O órgão ficou responsável pela construção e revitalização de escolas, centros de educação infantil, arenas de esportes, hospitais, delegacias e outros equipamentos públicos executados por programas de investimentos do Governo do Estado em contratos próprios ou em parcerias com prefeituras e com o Governo Federal. Segundo a gestão, o modelo de atuação do SOP tem sido “replicado em diferentes partes do país”.

Mas é na implantação, pavimentação, duplicação e manutenção das rodovias estaduais que estão os resultados mais vultosos da superintendência. Por meio do programa Ceará de Ponta a Ponta, foram entregues 1.365 quilômetros de estradas asfaltadas entre maio de 2019 e maio deste ano, o que incluiu obras de pavimentação, restauração e duplicação. “Hoje, o Ceará possui uma das malhas viárias pavimentadas com maior capilaridade entre os estados brasileiros, com 9.117 quilômetros asfaltados de uma extensão total de 12.663 quilômetros”, afirmou o Governo do Ceará, em trecho do balanço divulgado.

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Etapa final do Anel Viário de Fortaleza está em processo de licitação. Foto: Governo do Ceará/Divulgação

Obras priorizam ligação entre portos e polos econômicos

As intervenções têm priorizado rodovias importantes para a economia local. A CE-155, por exemplo, em fase final de duplicação, é fundamental para beneficiar o escoamento das produções que acessam o corredor logístico do Porto do Pecém e do Porto do Mucuripe, por meio da ligação com a BR-222. Atualmente, 343 quilômetros de rodovias têm obras em andamento, totalizando R$ 612 milhões em investimentos. O estado prevê, ainda, aplicar R$ 800 milhões em novas intervenções nos próximos meses.

Outra obra paradigmática é a ampliação do Anel Viário de Fortaleza, que tem sua etapa final em processo de licitação. O projeto vai viabilizar a ligação entre os portos do Pecém e do Mucuripe, além de englobar a construção das alças de intersecção com a CE-060, próximo à Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa), e com a CE-065. Também compõem o pacote de serviços a pavimentação dos acessos ao Conjunto Nova Metrópole, em Caucaia, e a implantação de nove retornos ao longo de todo o trecho, além de obras de drenagem. As intervenções são resultado de um convênio do Ministério das Cidades com a SOP.

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Estradas do Ceará aparecem bem em levantamentos

A melhora do estado do pavimento nas rodovias cearenses se confirma em números. Segundo o Levantamento Visual Contínuo (LVC) 2023, 95,24% da malha viária cearense apresenta qualidade boa ou regular. Entre os 9.117 quilômetros de estradas pavimentadas, 81,72% tiveram conceito bom, e 13,52% foram avaliadas como regulares. Outros 4,76% estão com conceito ruim ou péssimo, o que, de acordo com o balanço do Governo do Estado, “é o menor percentual dos últimos 20 anos”.

A edição de 2023 do estudo estadual foi realizada após o período chuvoso, no mês de agosto. Mas na edição do ano passado da pesquisa da CNT, que é nacional, o Ceará também obteve um bom resultado, não aparecendo na lista dos estados que têm as dez piores estradas do Brasil. Situação diferente, por exemplo, do levantamento de 2019, que trouxe o Ceará, o Maranhão e o Rio Grande do Sul como estados que concentravam quase 50% de todos os pontos críticos da malha viária brasileira.

Leia também: Governo deve investir até R$ 80 bi em ferrovias e rodovias até 2026

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