*Com SDE Bahia
A Bahia terá R$ 1,6 bilhão em 32 novos projetos de empreendimentos, captados pela área de atração de investimento do governo do estado. Vinte e seis empresas controlam esses negócios, que serão instalados em 22 municípios baiano. O maior deles é o Complexo Sol de Brotas, parque de geração fotovoltáica da Statkraft Brasil, orçado em R$ 926 milhões.
O projeto da Statkraft Brasil tem previsão de gerar 3,4 mil empregos na fase de obras. Os parques serão implantados em três municípios: Brotas de Macaúbas, Uibaí e Ibipeba.
Até o final de maio, a companhia deve iniciar a primeira etapa de implantação do empreendimento. A expectativa é de conclusão de 100% dessa fase até maio de 2025. Já a segunda etapa, deve ter as obras iniciadas em julho de 2024 e encerradas até outubro de 2025.
Atração de investimentos: Statkraft quer parque híbridos
Segundo o diretor de Construção do complexo, Guilherme Melo, a companhia já tem dois parques eólicos nestas localidades, um em construção e outro em operação e será aproveitada a infraestrutura elétrica, a linha de transmissão e a subestação dos parques Ventos de Santa Eugênia e Morro do Cruzeiro.
O complexo fotovoltaico, que será integrado às usinas eólicas, permitirá à empresa passar a ter parques híbridos.
Potencial de renováveis contribui para atração de investimentos
De acordo com o Guilherme Melo, a Statkraft está ampliando os investimentos na Bahia, de olho no mercado de geração limpa. “A Bahia é um dos melhores estados do país para energias renováveis, com um potencial gigantesco eólico e solar”, diz o executivo.
“Para operar com eficiência e rentabilidade uma usina eólica, você precisa de jazidas com ventos constantes durante boa parte do dia. Para a geração fotovoltáica, a insolação também precisa de constância. E tudo isso tem de sobra na Bahia”, ressalta.
Ele frisa ainda a importância, para a companhia, de poder contribuir para o desenvolvimento do interior baiano.
Conheça a Statkraft
A Statkraft Brasil integra o Grupo Statkraft (Noruega), player global de destaque em geração hidrelétrica, eólica e solar. A multinacional está presente em 20 países, onde gera seis mil empregos.
O Brasil é considerado uma região prioritária no plano estratégico da companhia. Segundo a empresa, “o mercado brasileiro é o destino de boa parte dos cerca de US$ 1,2 bilhão anuais previstos para serem investidos pelo grupo, em todo o mundo, até 2025.
No país, o grupo conta atualmente com 26 ativos de geração em operação no Sudeste, Sul e Nordeste. A capacidade instalada total chega a 2,2 GW (gigawatts).
Criada em 2009, a subsidiária brasileira tem sede em Florianópolis (SC) e escritórios comerciais nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Em 2011, a Statkraft Brasil começou a operar por meio de sua comercializadora de energia elétrica e, em 2012, iniciou suas atividades na área de geração.
Governo destaca 7 mil empregos
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, afirma que os novos projetos, quando atingirem 100% de operação, vão gerar, ao todo, 7 mil empregos entre diretos e indiretos.
Dos novos protocolos assinados, 16 são implantações de empresas e 10 ampliações ou modernização.
Entre os municípios contemplados, estão Brotas de Macaúbas, Brumado, Bom Jesus da Lapa, Camaçari, Candeias, Conceição do Coité, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi e Ibipeba.
Também integram essa lista Lauro de Freitas, Itamaraju, Luís Eduardo Magalhães, Santo Amaro, São Gonçalo dos Campos, Seabra, Serrinha, Simões Filho, Tanhaçu, Texeira de Freitas, Ubaí e Vitória da Conquista.
Secretário vê interiorização na atração de investimentos
O patamar de 80% de localização no interior, entre os negócios que tiveram protocolo assinado recentemente, anima o Angelo Almeida. “Estamos conseguindo cumprir o compromisso de descentralizar os negócios, num estado com área geográfica tão grande quanto a Bahia”, sustenta.
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