Atração de investimentos: Bahia já captou R$ 31,8 bi em 2023

Fique por dentro dos fatores que tornam a Bahia um destino atraente para investimentos. Saiba quais as indústrias e setores emergentes que estão impulsionando o crescimento e oferecendo oportunidades interessantes para investidores e profissionais
Fique por dentro dos fatores que tornam a Bahia um destino atraente para investimentos. Saiba quais as indústrias e setores emergentes que estão impulsionando o crescimento e oferecendo oportunidades interessantes para investidores e profissionais
Bahia tem, na carteira de atração de investimentos, R$ 120,3 bilhões em projetos que já estão em implantação/Foto: Divulgação (Atlantik Nickel)

A atração de investimentos na Bahia já totaliza R$ 31,5 bilhões em 2023. Esse valor é a soma dos novos protocolos de intenções assinados de janeiro a julho deste ano, entre empresas e o governo do estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Esses protocolos são referentes à implantação, ampliação e modernização de 132 empreendimentos e tem previsão de gerar 7 mil empregos diretos.

As informações constam do Panorama do Desenvolvimento Econômico produzido pela SDE e divulgado nesta terça-feira (22). “Vivemos um momento muito importante, onde a Bahia se destaca como uma excelente opção para novos negócios. Temos atraído novas empresas que estão gerando desenvolvimento, emprego e renda no nosso estado”, afirma o secretário Angelo Almeida.

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Atração de investimentos: o secretário Angelo Almeida destaca a Bahia como “excelente opção para novos negócios”/Foto: SDE (Divulgação)

Entre os investimentos, destacam-se os setores de eletricidade e gás, com aporte na ordem de R$ 24 bilhões e estimativa de geração 1,3 mil empregos diretos. O segmento de biocombustíveis aparece com R$ 5,4 bilhões e geração de mais de 3 mil empregos. Já a mineração tem previsão de receber aportes de R$ 735 milhões e gerar 137 novos postos de trabalho. Quando considerado os empregos indiretos, o total desses três segmentos chega a aproximadamente 18 mil vagas.

Entre os empreendimentos no setor de energia está a Pan American Energy, que assinou protocolo no final de julho e pretende investir R$ 4,3 bilhões na implantação de parques eólicos nos municípios de Ibitiara, Boninal e Novo Horizonte. O projeto prevê a geração de 137 empregos diretos e 343 indiretos durante a fase de implantação.

Bahia volta a atrair investimentos na indústria automobilística

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Na indústria automotiva, o grande destaque na atração de investimentos na Bahia é a captação do complexo automotivo da gigante chinesa de veículos elétricos e híbridos BYD. A companhia é a maior empresa do segmento em todo o mundo, superando a Tesla, de Elon Musk .

O projeto da BYD prevê a instalação de três células no distrito industrial de Camaçari, com investimento total de R$ 3 bilhões em uma montadora de veículos elétricos/híbridos, uma planta de chassis de ônibus e caminhões elétricos e uma fábrica de baterias de lítio. A estimativa é de que o parque – que será implantado nas antigas instalações da Ford – gere 5 mil empregos, entre diretos e indiretos. A entrada em operação é prevista para o segundo semestre de 2024.

Atração de investimentos na Bahia: projetos em implantação

Ao todo, a Bahia, possui, na carteira de atração de investimentos, 413 empreendimentos que já estão em implantação, com previsão de investimentos na ordem de R$ 120,3 bilhões. Desse total, 326 (R$ 105 bilhões) serão implantados até 2026. A expectativa é que mais de 32 mil pessoas sejam empregadas.

Desafios para manutenção do ritmo de atração de investimentos na Bahia

O presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, considera o cenário de curto e médio prazos promissores para atração de investimentos no setor, no estado. Para o longo prazo, no entanto, destaca que, com o fim dos incentivos fiscais – previsto na reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional – tanto a Bahia como o Nordeste como um todo terão que se dedicar a um dever de casa complexo.

Ele cita como principais desafios para que a neoindustrializaçao avance no estado e na região investimentos na transição energética – seguindo o caminho de descarbonização das principais economias mundiais. Defende também foco em educação e capital humano, para formação de profissionais que atendam a demandas cada vez mais especializada na indústria.

O empresário chama atenção ainda para a necessidade de que a indústria do Nordeste se integre aos movimentos globais de nearshoring (transferência de atividades de negócios para países vizinhos) e friendshoring (parcerias estratégicas entre empresas de países próximos). Esse movimento de aceleração do fim das fronteiras geográficas entre as economias vem ganhando cada vez mais tração, como uma nova fase da globalização.

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