Lançada API para medir emissões de carbono

A princípio, a nova API é capaz de realizar apenas o cálculo da quantidade de carbono que é emitido para a atmosfera pelos veículos de uma empresa em determinada rota .
poluição carbono
Foto: reprodução da internet

Maplink – empresa global que oferece soluções de tecnologia em logística – acaba de lançar mais uma novidade no mercado: uma API que realiza o cálculo de emissões de carbono de um dos setores que mais polui o meio ambiente: o de transporte.

API deriva da expressão inglesa Application Programming Interface (Interface de Programação de Aplicações ), ou seja, API é um conjunto de normas que possibilita a comunicação entre plataformas através de uma série de padrões e protocolos.

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A chamada “CO2 API” é um dos primeiros passos da Maplink em direção ao robusto mercado de crédito de carbono, que em seu formato voluntário no Brasil já possui um potencial bilionário: segundo relatório da consultoria McKinsey, a demanda por créditos de carbono no país pode chegar a US$2,3 bilhões até 2030.

A princípio, a nova API é capaz de realizar apenas o cálculo da quantidade de carbono que é emitido para a atmosfera pelos veículos de uma empresa em determinada rota – uma informação essencial para aqueles que desejam mensurar o impacto de suas operações ao meio ambiente.

O lançamento da tecnologia acontecerá no maior evento sobre descarbonização da América do Sul, o Zero Summit, cuja 3ª edição acontece nesta quinta e sexta-feira, em Foz do Iguaçu (PR).

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Cenário

Em um cenário de incertezas climáticas e escassez de recursos, a necessidade de medidas para mitigar os impactos ao meio ambiente e preservar o nosso planeta são urgentes. A emissão de gases do efeito estufa (GEE), por exemplo, é um dos principais vilões responsáveis pelo aquecimento global e tem sido pauta central de discussões que buscam práticas mais sustentáveis, mas que ainda atendam às demandas da lógica produtiva da economia. Uma delas diz respeito ao chamado mercado de crédito de carbono, o qual possui um potencial bilionário e que visa transformar a emissão de gases poluentes em negócio.

Na prática, a proposta implica em países e empresas que não conseguirem reduzir as suas emissões de carbono paguem mais por isso. Por outro lado, aqueles que forem capazes de diminuir a sua poluição para além das metas terão créditos disponíveis e poderão vender a “sobra” para os que são mais poluentes, fazendo com que atinjam as exigências ambientais. Ainda em vias de uma regulamentação e padronização a nível internacional, esse mercado já é uma realidade em um formato voluntário que apresenta um potencial de crescimento expressivo: apenas no Brasil, a demanda por créditos de carbono pode chegar a US$2,3 bilhões até 2030, segundo relatório da consultoria McKinsey.

Contudo, antes de se pensar em comercializar esse “novo produto”, faz-se necessário calculá-lo, ou seja, identificar a quantidade de carbono que uma empresa emite. Esse é o objetivo da “CO2 API”, tecnologia desenvolvida pela Maplink que mira em um dos setores que mais contribui para a emissão de gases do efeito estufa: o de transporte. Dados apresentados na 26ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP26), mostram que os meios de transporte geram quase um quarto de todas as emissões de gás de efeito estufa.

“No Brasil, a queima de combustível relacionado ao transporte é um dos principais fatores de emissão de poluentes na atmosfera”, ressalta o Diretor de Tecnologia da Maplink, Victor Trafaniuc. “Antes de tomar qualquer medida para reduzir os danos ao meio ambiente, é necessário que as empresas olhem para dentro de casa e sejam capazes de identificar e mensurar o papel e o impacto que exercem nesse processo, e é nesse ponto que a nossa API entra em cena”, explica.

O funcionamento da tecnologia é simples: ela realiza o cálculo da quantidade de CO2 emitido por um veículo em cada rota que ele realiza. Para tanto, a API utiliza um equação que leva em consideração o tipo de combustível utilizado e a autonomia do veículo. A partir disso, a ferramenta oferece automaticamente a resposta com as informações sobre as emissões.

Segundo Trafaniuc, um dos grandes diferenciais dessa API está no fato de que ela pode ser utilizada de maneira independente ou por meio de integrações com outras APIs oferecidas pela Maplink, como a “Trip API”, responsável por traçar rotas otimizadas entre determinados pontos; e a “Toll for Maps”, solução que é resultado da articulação de outras duas APIs: a Toll, que calcula os pedágios em uma rota, e a Directions, roteirizador que fornece instruções de como chegar a um destino e que faz parte do conjunto de soluções da Google Maps Platform – da qual a Maplink é a maior parceira na América Latina.

“Temos, portanto, três formas de utilização da nova API: duas são interfaces com outras tecnologias desenvolvidas ou disponibilizadas pela Maplink, sendo uma delas a Trip API, para quem utiliza a nossa solução de roteirização, e outra com a Toll for Maps, para aqueles que roteirizam utilizando a tecnologia da plataforma Google Maps. Por fim, temos, também, um endpoint independente para quem não roteiriza conosco. Nestes casos, além do tipo de combustível e consumo médio do veículo, será necessário informar a distância percorrida na rota para que a CO2 API consiga realizar o cálculo das emissões”, esclarece.

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