O setor portuário do Nordeste contará com investimentos próximos a R$ 4 bilhões até 2026, com novos terminais e ampliações previstas em diversos estados da região. As concessões e arrendamentos planejados visam impulsionar a movimentação de contêineres, granéis sólidos e líquidos, além de infraestrutura para passageiros.
Os aportes previstos para a região integram a maior carteira de investimentos portuários da história do país, com um total de R$ 20 bilhões até 2026, apresentada nesta sexta-feira (31) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. De 13 projetos previstos em sete portos nordestinos, a soma chega a R$ 3,929 bilhões. Outros dois investimentos ainda não têm os valores determinados.
Em 2025, os principais investimentos no Nordeste incluem R$ 360,7 milhões na construção de um terminal de contêineres no Porto de Fortaleza (CE), com capacidade para 360 mil TEUs por ano. O Porto de Natal (RN) terá um terminal de granel sólido e o Porto de Maceió (AL) um novo terminal de passageiros, enquanto o Porto de Recife (PE) receberá R$ 4,56 milhões para um terminal de granel sólido vegetal e R$ 1,98 milhão para infraestrutura de passageiros.
Já para 2026, destacam-se os projetos de um terminal de granel vegetal no porto maranhense do Itaqui, que tem o maior valor: R$ 1,560 bilhão. O Porto de Suape (PE) terá um novo terminal de granel sólido mineral com investimento de R$ 3,95 milhões, e no Porto de Salvador (BA), com R$ 39,86 milhões para um terminal de carga geral. Além disso, o Porto de Fortaleza (CE) contará com um terminal de granel sólido mineral e a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) terá de canais áreas concedidas no 4º trimestre de 2026, com investimento previsto de R$ 1,770 bilhão.
A reunião contou com a participação da secretária executiva do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Mariana Pescatori, e dos secretários de Aviação Civil, Tomé Franca, de Portos, Alex Ávila, e de Hidrovias, Dino Antunes. O foco principal foi debater o crescimento econômico e a modernização da infraestrutura do Brasil.
Os dirigentes discutiram estratégias para ampliar os investimentos públicos e privados em portos, aeroportos e hidrovias, com o objetivo de impulsionar a economia e otimizar o escoamento da produção nacional. Costa Filho destacou que o setor portuário se consolidou como uma das prioridades para o desenvolvimento econômico do Brasil, com investimentos que já ultrapassaram R$ 20,65 bilhões nos últimos dois anos, mais que o dobro do registrado no governo anterior.
“A expectativa é que, até o fim do governo do presidente Lula, os investimentos do setor privado superem R$ 50 bilhões, reforçando nosso compromisso com a modernização da infraestrutura e o crescimento sustentável do país”, afirmou o ministro.
Leilões portuários devem arrecadar R$ 6 bilhões
Entre 2013 e 2022, foram realizados 43 leilões portuários no Brasil, resultando em R$ 6 bilhões em investimentos. Sob a gestão do presidente Lula, a previsão é de que sejam realizados 50 novos leilões até 2026, ampliando os investimentos e a capacidade do setor. No último ano, foram concedidas oito áreas portuárias em três diferentes regiões brasileiras, com destaque para o arrendamento do terminal no porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, cujo valor de investimento ultrapassou R$ 3,5 bilhões.
Para 2025, o Ministério de Portos e Aeroportos prevê a concessão de 21 empreendimentos portuários em quatro regiões do país, totalizando quase R$ 9 bilhões em investimentos. Em 2026, as concessões portuárias continuarão, com pelo menos 21 novos empreendimentos, consolidando a maior carteira de leilões da história do setor portuário.
No setor aeroportuário, 2024 registrou avanços significativos, com a entrega de 42 obras em aeroportos de todo o país, totalizando R$ 3,2 bilhões em investimentos. Para os próximos anos, está prevista a entrega de 40 obras públicas em 33 aeroportos, com um investimento estimado de R$ 1,5 bilhão.
Além disso, o MPor lançou o programa AmpliAR, que visa a contratação simplificada das atuais concessionárias que operam no país, garantindo a administração e manutenção de 102 aeródromos estratégicos para o Brasil. Cerca de 50 aeroportos da Amazônia Legal e do Nordeste poderão ser beneficiados pelo programa, com um potencial de investimentos de até R$ 3,4 bilhões, fortalecendo a conectividade aérea e o desenvolvimento regional.
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