Em julho, arrecadação da Receita Federal é a melhor desde 2000: R$ 202,5 bilhões

Arrecadação federal bateu recorde de janeiro a julho deste ano, atingindo R$1,3 trilhão, também maior valor desde 2000


O Ministério da Economia divulgou nesta sexta-feira (26) que, em julho, a Receita Federal alcançou o melhor valor para o mês na arrecadação de tributos federais desde o ano 2000: R$ 202,588 bilhões. O montante de julho representa um acréscimo real de 7,47% na comparação com julho de 2021.

Receita Federal
Receita Federal vem superando suas metas de arrecadação, apesar da crise econômica do país/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No período acumulado de janeiro a julho de 2022, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1.3 trilhão, representando um acréscimo de 10,44%. Este desempenho arrecadatório também foi o melhor para o período acumulado dos últimos 22 anos.

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As variações consideram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do período.

No caso das Receitas Administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado em julho de 2022 ficou próximo a R$ 181,27 bilhões, “representando um acréscimo real (IPCA) de 5,21%”, diz o documento. No período acumulado (janeiro a julho de 2022), o total arrecadado chegou a R$ 1,2 trilhão, registrando acréscimo real de 8,42%.

“O acréscimo observado no período pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL)”, informou o ministério.

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Crescimento da arrecadação em Julho de 2022

A arrecadação do IRPJ e da CSLL chegaram a R$ 53,152 bilhões (crescimento real de 17,48%), graças aos acréscimos reais de 10,86% na arrecadação da estimativa mensal; de 52,14% na arrecadação do balanço trimestral; e de 15,63% na arrecadação do lucro presumido.

“Importante observar que houve pagamentos atípicos de cerca de R$ 4 bilhões, por empresas ligadas ao setor de commodities”, detalha o levantamento.

Já os rendimentos de capital via Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) resultaram em uma arrecadação de R$ 6,376 bilhões (acréscimo real de 52,54%). O resultado se deve aos acréscimos nominais de 153,36% na arrecadação das aplicações de renda fixa de pessoas físicas e jurídicas; e de 86,33% na arrecadação via fundos de renda fixa.

De acordo com o Fisco, a receita previdenciária arrecadou R$ 44,444 bilhões (acréscimo real de 3,65%), resultado justificado pelo aumento real de 10,59% da massa salarial e pelo início do pagamento do Simples Nacional de abril a junho. Também ocorreu alta nas compensações tributárias com débitos de receita previdenciária.

Os rendimentos de trabalho obtidos via IRRF alcançaram R$ 13,229 bilhões (crescimento real de 5,66%), resultado que se deve a fatores como o acréscimo real de 8,65% na arrecadação do item Rendimentos do Trabalho Assalariado; aos decréscimos de 9,45% registrados no item Aposentadoria do Regime Geral ou do Servidor Público; e de 62,65% no item Participação nos Lucros ou Resultados.

Recolhimentos atípicos de Janeiro-julho

No período de janeiro a julho de 2022, a arrecadação total do IRPJ e da CSLL foi de R$ 309,886 bilhões (crescimento real de 20,83%). A explicação para o desempenho são os acréscimos de 82,96% na arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, decorrentes de “fatos geradores ocorridos ao longo de 2021”, e de 18,08% na arrecadação da estimativa mensal.

“Destaca-se crescimento em todas as modalidades de apuração do lucro. Além disso, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 30 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no período de janeiro a julho deste ano, e de R$ 24 bilhões, no mesmo período de 2021”, esclarece o ministério.

Um acréscimo real de 61,43% foi verificado nas arrecadações de rendimentos de capital via IRRF, que ficaram próximas a R$ 50 bilhões. Esta performance foi explicada pelos acréscimos nominais de 199,5% na arrecadação via fundos de renda fixa; e de 140,35% na arrecadação via aplicações de renda fixa de pessoas físicas e jurídicas.

Já a Receita Previdenciária, entre janeiro e julho deste ano, teve arrecadação de quase R$ 304 bilhões (acréscimo real de 6,09%) . O resultado se deve a um aumento real de 6,08% da massa salarial e pelo aumento real de 27,98% na arrecadação da contribuição previdenciária do Simples Nacional de janeiro a julho de 2022, em relação ao mesmo período de 2021.

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