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Fiepe se antecipa ao Copom com nota contra aumento da taxa Selic

A Fiepe argumenta que, por possuir cadeias produtivas mais longas, o segmento industrial é afetado pelo custo acumulado ao longo das etapas produtivas
A Fiepe
Edifício sede da FiepeFoto: Renata Victor

A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) divulgou nota nesta quinta-feira, se posicionando contra novo aumento nas taxas de juros. A entidade se antecipa à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Centra, que será realizada na próxima semana, nos dias 17 e 18. Confira a íntegra na nota.

A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE)se manifesta contra o aumento da taxa de juros no Brasil. O país enfrenta, atualmente, um dos juros reais mais altos do mundo, um fator extremamente prejudicial para todos os setores produtivos. Esse cenário reduz os investimentos e aumenta o custo para tomada de crédito, impede o crescimento sustentável do país e reduz a competitividade das empresas nacionais no cenário global.

A indústria, em particular, sofre as maiores consequências desse ambiente de crédito caro. Por possuir cadeias produtivas mais longas, o segmento é afetado pelo custo acumulado ao longo das etapas produtivas, o que encarece os bens finais e compromete a sua competitividade.

Além disso, o setor produtivo vem sofrendo impactos de um desequilíbrio fiscal e elevação da dívida pública e não pode ser, mais uma vez, penalizado por um cenário macroeconômico desfavorável que impede a criação de um ambiente propício para investimentos.

Há, ainda, uma tendência mundial de redução das taxas de juros, especialmente após a recente redução das taxas nos Estados Unidos. Nesse contexto, é importante ressaltar que a inflação de agosto de 2024 foi negativa, reforçando que o aumento da taxa de juros não é justificado pelos indicadores econômicos atuais.

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Diante disso, a FIEPE considera infundada qualquer pressão por um aumento da taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, programada para os dias 17 e 18 de setembro. Um eventual aumento seria danoso e poderia comprometer uma recuperação econômica em curso, um efeito muito mais prejudicial do que os benefícios no controle inflacionário. Os investimentos industriais, essenciais para a recuperação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), seriam gravemente afetados.

É preciso encontrar um caminho estrutural para manter juros reais em níveis adequados e alinhados à realidade internacional. A indústria necessita de um ambiente econômico estável e favorável para investir, com melhores taxas de crédito, para gerar empregos e contribuir para o desenvolvimento do país.

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco

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