A atividade industrial brasileira registrou crescimento de 3,5% no primeiro quadrimestre deste ano (janeiro a abril) e de 8,4% na comparação com abril do ano passado. Estes são resultados divulgados nesta sexta-feira (14) pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional, do IBGE.
No mês de abril deste ano, na comparação com abril de 2023, houve crescimento em 16 das 18 praças pesquisadas. Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%), Pernambuco (13,2%) e Goiás (12,7%) tiveram os maiores crescimentos. Ceará (12,3%), Rio Grande do Sul (11,7%), Paraná (10,9%), São Paulo (10,8%) e Amazonas (10,0%) também tiveram taxas positivas de dois dígitos, mais intensas do que a média nacional.
Também tiveram alta Espírito Santo (8,2%), Mato Grosso (8,1%), Maranhão (7,6%), Rio de Janeiro (4,4%), Minas Gerais (3,7%), Região Nordeste (2,6%) e Mato Grosso do Sul (2,0%). Neste índice, o Pará registrou a maior queda, de 13,6%. A Bahia, com recuo de 3,5%, foi a outra queda.
Pelo lado das altas, Paraná (12,8%) volta a crescer após acumular perda de 12,6% nos meses de março e fevereiro. O estado do Sul foi a principal influência positiva e registrou a maior alta percentual, graças ao desempenho do setor de derivados do petróleo e da indústria de alimentos, além do setor de veículos.
“A alta é a mais intensa desde setembro de 2020, quando cresceu 13,5% em um momento de recuperação da indústria após os primeiros meses da pandemia de Covid-19, com afrouxamento do isolamento e do distanciamento social”, relembra o pesquisador.
Outro destaque positivo foi Pernambuco. O estado nordestino, com a alta de 12,2%, marcou a segunda maior alta percentual e a terceira maior influência, eliminando a queda de 3,5% registrada em março. “O resultado foi influenciado pelos setores de veículos automotores e derivados do petróleo”, destaca o analista da PIM Regional.
Maior parque industrial do país, São Paulo foi o segundo local em influência positiva, com alta de 1,9%. A indústria paulista volta a crescer após dois meses de resultado negativo, quando acumulou variação de -0,4%. A taxa de abril foi influenciada pelo desempenho do setor de alimentos, além das indústrias de derivados do petróleo e de veículos. Com esse resultado, São Paulo fica 1,8% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020).
Os demais resultados positivos de abril foram alcançados por Mato Grosso (4,4%), Amazonas (4,2%), Ceará (3,9%), Espírito Santo (2,7%), São Paulo (1,9%), Santa Catarina (0,4%), Rio Grande do Sul (0,2%) e Rio de Janeiro (0,1%).
Atividade industrial de dois dígitos
Na comparação com abril de 2023, a indústria nacional cresceu 8,4% em abril de 2024, com 16 dos 18 locais pesquisados com resultados positivos. Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%), Pernambuco (13,2%) e Goiás (12,7%) tiveram os maiores crescimentos. Ceará (12,3%), Rio Grande do Sul (11,7%), Paraná (10,9%), São Paulo (10,8%) e Amazonas (10,0%) também tiveram taxas positivas de dois dígitos, mais intensas do que a média nacional.
“Pode-se notar, nessa comparação, um número significativo de resultados com dois dígitos. Isso é explicado pela base de comparação mais baixa, em alguns locais, e principalmente, pelo efeito-calendário positivo significativo, já que abril de 2024 teve 22 dias úteis, quatro a mais do que no mesmo mês do ano anterior, quando foram 18”, ressalva Bernardo.
Também tiveram alta Espírito Santo (8,2%), Mato Grosso (8,1%), Maranhão (7,6%), Rio de Janeiro (4,4%), Minas Gerais (3,7%), Região Nordeste (2,6%) e Mato Grosso do Sul (2,0%). Neste índice, o Pará registrou a maior queda, de 13,6%. A Bahia, com recuo de 3,5%, foi a outra queda.
Acumulado do ano cresce em 17 dos 18 locais e bate 3,5%
A PIM Regional de abril também apresentou os resultados do acumulado no ano (janeiro-abril) de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023. Neste índice, a indústria nacional mostrou crescimento de 3,5%, com resultados positivos em 17 dos 18 locais pesquisados.
Rio Grande do Norte (24,4%) e Goiás (11,3%) registraram avanço de dois dígitos e os mais acentuados. Também Ceará (7,6%), Mato Grosso (6,8%), Santa Catarina (6,5%), Espírito Santo (6,2%), Amazonas (5,7%), Rio de Janeiro (5,5%), Rio Grande do Sul (5,0%) e São Paulo (4,3%) apresentaram crescimentos mais intensos do que a média nacional. Completam a lista de locais com taxas positivas neste índice Pernambuco (3,1%), Minas Gerais (2,6%), Mato Grosso do Sul (2,2%), Bahia (1,6%), Maranhão (1,4%), Paraná (0,7%) e Região Nordeste (0,6%). Apenas o Pará, com queda de 1,7%, apresentou recuo no índice.
Passagem de março para abril
Dos 15 locais investigados pela pesquisa, cinco apresentaram queda na passagem de março para abril, influenciando negativamente o resultado global do mês, que recuou 0,5%. Em março, a produção havia subido 0,9% na comparação com fevereiro.
A principal influência e maior queda percentual foi da indústria do Pará, que registrou o recuo mais intenso desde maio de 2022 (-18,1%), pressionado pelo resultado do setor extrativo. “Trata-se de um local com maior concentração industrial no setor extrativo”, ressalta Bernardo. A taxa negativa de abril eliminou o crescimento da indústria paraense de 4,7% em março.
A queda na indústria baiana foi a segunda em influência e em percentual. O recuo vem após três meses com taxas positivas, quando acumulou um crescimento de 4,0%. O comportamento nos setores de derivados do petróleo e produtos químicos ajuda a explicar a queda.
Outra queda mais intensa que a média nacional foi em Goiás (-0,9%). Minas Gerais (-0,5%) e Região Nordeste (-0,1%) completaram o conjunto de locais com taxa negativa em abril de 2024.
“É importante ressaltar que o comportamento nacional em abril, de recuo, foi concentrado em atividades com maior peso, mas com um espalhamento das demais atividades no campo positivo, demonstrando sete atividades em queda e 18 em crescimento. Da mesma forma, na pesquisa regional, observamos apenas cinco locais com comportamento negativo nesse mês”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
O pesquisador também ressalta que as amostras de cada local, inclusive da pesquisa nacional, são independentes. “O ajuste sazonal é aplicado a cada série de forma individual, o que faz com que elas percam o fator aditividade, isto é, percam a propriedade de que o somatório delas seja igual ao todo. Por essa razão, a soma dos resultados regionais não se iguala ao nacional, elucida.
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