Os pequenos sistemas de micro e minigeração distribuída (MMGD), como por exemplo, os instalados em cima dos telhados das casas acrescentaram uma potência de 2,86 gigawatts (GW) de janeiro a abril deste ano. Somente para o leitor ter ideia, isso corresponde a quase 30% de toda a potência do parque instalado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que é de 10 GW.
Nos primeiros quatro meses de 2025, foram mais de 258 mil consumidores que começaram a usar sistemas de micro e minigeração distribuída (MMGD) no Brasil. Eles produziram créditos para 393 mil imóveis – entre casas, comércios, fazendas e outros.
As informações acima fazem parte do painel interativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), alimentado com dados enviados pelas distribuidoras de energia. Na MMGD, o consumidor gera energia elétrica, a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada, e injeta na rede de distribuição a energia não utilizada, recebendo créditos para usar nos momentos em que não está gerando, por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE).
Somente em abril último, foram mais de 50 mil usinas de MMGD instaladas em abril, totalizando uma potência de 524,50 megawatts (MW). Ainda no mês passado, começaram a funcionar 50.655 usinas solares fotovoltaicas e uma usina termelétrica a biogás, localizada em Inhumas/GO. Geralmente, quase a totalidade da MMGD é de usinas solares fotovoltaicas.
O Estado que mais se destacou de janeiro a abril deste ano foi São Paulo, tanto em número de sistemas instalados quanto em potência. Lá, entraram em operação 46 mil usinas, totalizando uma potência de 405 Megawatts (MW).
Pequenos sistemas de geração solar têm potência de 39,2 GW
De telhado em telhado, os micro e pequenos geradores alcançaram uma potência instalada de 39,22 GW às 11h30m do último dia 14 de maio, de acordo com informações da Aneel. Para ter noção do que isto significa, uma das maiores hidrelétricas do mundo, a de Itaipu tem uma potência de 14 GW.
Até 30 de abril último, eram 3,47 milhões deste tipo de sistemas conectados à rede de distribuição de energia elétrica no País. O perfil deste tipo de gerador/consumidor tem a seguinte composição: 80% são residenciais (2,8 milhões), 10% são do comércio (346,93 mil) e 8,59% são da classe rural, representada por 298,24 mil pequenos e micro geradores.
Todos os números acima são sobre os micro e pequenos sistemas da Geração Distribuída e excluem os grandes sistemas e usinas de geração solar, que são chamados de geração centralizada.
A energia elétrica produzida pelos sistemas de MMGD é utilizada prioritariamente pelos consumidores proprietários desses sistemas e por outras unidades consumidoras relacionadas a eles, que recebem os créditos pelo excedente dessa geração, na forma de abatimento na conta de energia elétrica (conta de luz).
*Com informações da Aneel
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