A desorganização das cadeias produtivas, fenômeno desencadeado pela pandemia e agravado pela guerra na Ucrânia, tem levado muitos empresários a buscar ajuda de trading companies para acesso e desembaraço de mercadorias no mercado internacional. E é nesse cenário favorável que o Grupo Vieira Patury lança a sua VP Trading, no próximo dia 11 de maio, num evento no Recife.
Com a empresa Tecpel, o grupo pernambucano vem atuando há mais de 40 anos na importação e distribuição de papéis para gráficas, editoras, empresas jornalísticas e de embalagens e agora cria a sua trading para oferecer ajuda a outras empresas que precisam enfrentar os tortuosos caminhos burocráticos das operações de exportação e importação.
Embora tenha sido criada antes da chegada da covid-19, a VP Trading só agora faz seu lançamento oficial. As operações começam com foco no Norte e Nordeste a partir de Pernambuco. “Como temos equipes com analistas em vários portos, como Santos, Paranaguá, Rio de Janeiro, em breve vamos expandir nossa atuação nacionalmente”, explica Daniela Vieira, executiva de trading na VP.
O negócio começou a se desenhar, segundo ela, quando a Tecpel passou a ser muito procurada para dar aconselhamentos sobre o desembaraço de processos burocráticos envolvendo o comércio exterior e também sobre benefícios de programas como o PEAP (de estímulo a atividade portuária) e o Prodepe, o Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco, que oferecem vantagens tributárias nas operações com o mercado externo.
“Num cenário impactado por uma pandemia e por uma guerra, muitas empresas estão precisando de ajuda lá fora para lidar com o aumento nos fretes, o lockdown na China, a falta de navios ou o com desembaraço de mercadorias”, ressalta.
Parceria estratégica
Um público potencial são os empresários que não despertaram ainda para o mercado externo. Para estimular novos entrantes, a VP Trading fez parceria com a Continente Consultoria, de Maurício Laranjeira. Com passagem pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e por empresas como a japonesa Sumitomo, Laranjeira tem atuado para identificar o potencial exportador das empresas locais.
“A região oferece muitas empresas, de todos os tamanhos, com potencial para a internacionalização e nosso papel é mostrar ao empresário que o mercado externo vai lhe permite diversificar os fornecedores e clientes e, inclusive, trazer uma melhoria para o caixa da empresa, dolarizando a receita”, explica o consultor.
Leia também:
Sérgio Ferreira: “O empresário do NE ainda olha pouco para o mercado internacional”
Governo federal promete devolver a autonomia do Porto de Suape