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Programa cria 9 “hubs” regionais no Nordeste: 112 cidades e PIB de R$ 33 bilhões

No Nordeste, as cidades integram polos econômicos com atividades diversas, como turismo, agropecuária, serviços, logística, indústria de transformação, pesca e produção de sal
Mossoró Rio Grande do Norte hub econômico Nordeste
Município de Mossoró, no Rio Grande do Norte, é o “hub” regional no Nordeste que reúne o maior número de cidades envolvidas: 17. Foto: Prefeitura de Mossoró/Divulgação

O Governo Federal vai criar 26 novos polos regionais, um por estado, para fomentar o desenvolvimento econômico no interior do país, sendo 112 municípios nordestinos contemplados na iniciativa. Na região, a ação que leva o nome de Programa Cidades Intermediadoras engloba cidades dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, que, juntas, somam um Produto Interno Bruto (PIB) superior a R$ 33 bilhões. A medida busca integrar mercados, impulsionar a economia local e gerar novas oportunidades.

Os municípios foram escolhidos com base em critérios como capacidade econômica, localização estratégica e potencial de atratividade para novos investimentos. No Nordeste, as cidades integram polos econômicos com atividades diversas, como turismo, agropecuária, serviços, logística, indústria de transformação, pesca e produção de sal. O Rio Grande do Norte é o estado com o maior número de municípios reunidos na Região Imediata Mossoró: 17. O Ceará é o que tem menos: 7 na Região Imediata Itapipoca.

A ação apresentada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) pretende somar forças para o cumprimento das metas da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). As informações estão disponíveis na edição do Diário Oficial da União de 4 de janeiro, quando a resolução foi publicada.

“A ideia é que a gente consiga, a partir desses conjuntos de municípios, potencializar esses núcleos como um todo, fazendo com que cresçam de maneira ordenada”, explica Danilo Campelo, coordenador-geral de Cooperação e Articulação de Políticas da Sudene. A ideia também é diminuir a pressão nas metrópoles e capitais brasileiras, buscando interiorizar o desenvolvimento do país, que atualmente é concentrado em sua maior parte no litoral.

Territorialização

O MIDR estabeleceu critérios de tipologia da PNDR com base nos graus de dinamismo e riqueza dos municípios. A estratégia de territorialização do programa toma como ponto de partida as chamadas regiões geográficas imediatas propostas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), porém com parâmetros diferentes.

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A partir desta identificação, somada ao conhecimento do território e às condições econômicas dos municípios, a Sudene apresentou contribuições técnicas que balizaram a escolha cidades-polo de regiões imediatas para se tornar cidades intermediadoras. “A estratégia é que agora você leve um conjunto de ações para esse polos de cidades intermediadoras e, com isso, você desenvolva aquele território”, completou Danilo Campelo.

As agendas de desenvolvimento propostas pelo Ministério envolvem ações que englobam temas como infraestrutura e desenvolvimento produtivo, pensando as cidades como núcleos estratégicos para o adensamento do tecido produtivo. As intervenções no território buscam ampliar oferta de trabalho e aumento de renda, além de trazer serviços de maior qualidade e o aprimorar as estruturas econômicas e urbanas.

“Dentro desse Comitê Executivo da PNDR participam vários outros ministérios, assim como as superintendências Sudene, Sudam e Sudeco. Estamos todos tomando conhecimento dessa estratégia e todo mundo vai trabalhar conjuntamente para o desenvolvimento desse território. Na prática, é o Governo Federal atuando em conjunto, voltando a atenção para essas cidades para fazer com que elas possam atingir seu potencial como cidades intermediadoras de bens e serviços”, finalizou o coordenador da Sudene.

Regiões beneficiadas no Nordeste

Alagoas: Região Imediata Porto Calvo – São Luís do Quitunde (Polo turístico e agrícola)

  • 13 municípios: Campestre, Colônia Leopoldina, Jacuípe, Japaratinga, Jundiá, Maragogi, Matriz de Camaragibe, Novo Lino, Passo de Camaragibe, Porto Calvo, Porto de Pedras, São Luís do Quitunde e São Miguel dos Milagres.
  • PIB conjunto: R$ 1,2 bilhão.
  • População estimada: 250 mil habitantes.
  • Área total: 3.500 km².

Bahia: Região Imediata Xique-Xique – Barra (Polo agropecuário e de irrigação)

  • 10 municípios: Barra, Brotas de Macaúbas, Buritirama, Gentio do Ouro, Ibotirama, Ipupiara, Morpará, Muquém de São Francisco, Oliveira dos Brejinhos e Xique-Xique.
  • PIB conjunto: R$ 2,3 bilhões.
  • População estimada: 350 mil habitantes.
  • Área total: 20.000 km².

Ceará: Região Imediata Itapipoca (Polo agrícola e de indústria de transformação)

  • 7 municípios: Amontada, Itapipoca, Miraíma, Trairi, Tururu, Umirim e Uruburetama.
  • PIB conjunto: R$ 1,8 bilhão.
  • População estimada: 290 mil habitantes.
  • Área total: 4.200 km².

Maranhão: Região Imediata Santa Inês (Polo agrícola e de produção de celulose)

  • 15 municípios: Alto Alegre do Pindaré, Araguanã, Bela Vista do Maranhão, Bom Jardim, Governador Newton Bello, Igarapé do Meio, Monção, Nova Olinda do Maranhão, Pindaré-Mirim, Pio XII, Santa Inês, Santa Luzia, São João do Carú, Tufilândia e Zé Doca.
  • PIB conjunto: R$ 3,1 bilhões.
  • População estimada: 420 mil habitantes.
  • Área total: 15.000 km².

Paraíba: Região Imediata Cajazeiras (Polo de serviços e pecuária)

  • 12 municípios: Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Carrapateira, Monte Horebe, Poço de José de Moura, São João do Rio do Peixe, Santa Helena, São José de Piranhas, Serra Grande e Triunfo.
  • PIB conjunto: R$ 1,5 bilhão.
  • População estimada: 230 mil habitantes.
  • Área total: 3.900 km².

Pernambuco: Região Imediata Serra Talhada (Polo logístico e agroindustrial)

  • 13 municípios: Betânia, Calumbi, Carnaubeira da Penha, Flores, Floresta, Jatobá, Mirandiba, Petrolândia, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Serra Talhada, Tacaratu e Triunfo.
  • PIB conjunto: R$ 3,5 bilhões.
  • População estimada: 400 mil habitantes.
  • Área total: 12.000 km².

Piauí: Região Imediata Parnaíba (Polo turístico e pesqueiro)

  • 11 municípios: Bom Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Caraúbas do Piauí, Caxingó, Cocal, Cocal dos Alves, Ilha Grande, Luís Correia, Murici dos Portelas e Parnaíba.
  • PIB conjunto: R$ 2,2 bilhões.
  • População estimada: 320 mil habitantes.
  • Área total: 5.800 km².

Rio Grande do Norte: Região Imediata Mossoró (Polo de energia renovável e produção de sal)

  • 17 municípios: Apodi, Areia Branca, Augusto Severo, Baraúna, Caraúbas, Felipe Guerra, Governador Dix-Sept Rosado, Grossos, Itaú, Janduís, Messias Targino, Mossoró, Rodolfo Fernandes, Tibau, Serra do Mel, Severiano Melo e Upanema.
  • PIB conjunto: R$ 4 bilhões.
  • População estimada: 520 mil habitantes.
  • Área total: 8.500 km².

Sergipe: Região Imediata Itabaiana (Polo de cultivo de hortaliças e avícola)

  • 14 municípios: Areia Branca, Campo do Brito, Carira, Frei Paulo, Itabaiana, Macambira, Malhador, Moita Bonita, Nossa Senhora Aparecida, Pedra Mole, Pinhão, Ribeirópolis, São Domingos e São Miguel do Aleixo.
  • PIB conjunto: R$ 1,8 bilhão.
  • População estimada: 280 mil habitantes.
  • Área total: 2.800 km².

* Com informações da Sudene

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