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Recursos do FNE contribuíram para gerar 860 mil empregos no 1º semestre de 2023

Os recursos empregados pelo BNB via FNE contribuíram para aumentar a massa salarial e incrementar a arrecadação de tributos no primeiro semestre de 2023.
Reunião do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, com parlamentares da bancada nordestina em Brasília. Foto: Divulgação/BNB

Os mais de R$ 21 bilhões do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) aplicados pelo Banco do Nordeste no primeiro semestre deste ano contribuíram para gerar ou auxiliar na manutenção de aproximadamente 860 mil empregos, segundo um levantamento feito pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste. Os números foram divulgados pelo presidente do BNB, Paulo Câmara, numa reunião com cerca de 60 parlamentares da bancada nordestina. Só lembrando capitais do Nordeste, como Recife e Salvador, lideram o desemprego no Brasil.

O levantamento citado acima também encontrou um aumento de R$ 7 bilhões na massa salarial nos projetos financiados pelo FNE um aumento de R$ 4 bilhões na arrecadação tributária no período citado acima. O aumento da arrecadação de tributos tem um impacto postivo na economia, sendo importante para bancar serviços públicos e investimentos em infraestrutura na região.

Segundo Paulo Câmara, “reuniões com a Bancada Federal Nordestina são importantes não apenas para alinhar o entendimento do que representa o FNE para os estados da área de abrangência do Banco, mas também do esforço de assegurar recursos estáveis para fomentar o desenvolvimento da região e diminuir a disparidade econômica entre o Nordeste e o restante do Brasil”.

Ainda durante a reunião, o coordenador da Bancada Nordestina, o deputado Júlio César, do PSD (PI), falou sobre os impactos dos incentivos fiscais concedidos pela instituição. “São recursos que chegam aos empreendedores com taxas de juros muito mais competitivas do que as do mercado financeiro. Os investimentos feitos no agronegócio, na indústria, no comércio e no setor de serviços são acompanhados pelos deputados, que desejam a continuação das ações do BNB com o Fundo Constitucional, e despertam o espírito de região, que todos nós temos, de defender o povo nordestino”, afirmou.

Os recursos do FNE são significativos no desenvolvimento dos negócios do Nordeste. O fundo foi criado com a Constituição de 1988. Os seus recursos são empregados no financiamento à infraestrutura, na geração de energia renovável, no apoio ao microcrédito urbano e rural, no suporte creditício às micro e pequenas empresas e ao agronegócio, impulsionando setores essenciais para o crescimento sustentável do Nordeste.

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Em 2024, a programação é de que o FNE libere recursos da ordem de R$ 38 bilhões para aplicações com recursos do Fundo. De acordo com Paulo Câmara, esses recursos são insuficientes para atender toda a demanda do setor produtivo regional e por isso a instituição tem “adotado estratégias de captação de recursos junto a instituições financeiras multilaterais, outros parceiros e instrumentos de mercado, mas nesse desafio, cabe também aos governos estaduais e demais lideranças políticas lutarem por mais recursos”.

A atuação do BNB

O Banco do Nordeste (BNB) tem 292 agências em mais de dois mil municípios na sua área de atuação, que inclui os nove estados nordestinos e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Uma das principais fontes de financiamento da instituição é o FNE que tem os critérios de aplicação definidos em políticas públicas elaboradas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

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