Economia deve crescer 0,96% em 2023, prevê Banco Central

A estimativa foi anunciada hoje (24) no Boletim Focus, do Banco Central, e é baseada em pesquisa no mercado financeiro

A estimativa foi anunciada hoje (24) no Boletim Focus, do Banco Central, e é baseada em pesquisa no mercado financeiro

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília – FOTO: banco Central – Marcello Casal Jr – Agência Brasil

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Agência Brasil

O Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central (BC), traz a projeção do mercado financeiro para o crescimento da Economia este ano: 0,96%, e representa um salto significativo diante da projeção da semana passada, de 0,9%, ficando alinhada com a previsão do início do mês, de 0,91%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) a expectativa de crescimento ficou em 1,41%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 1,8%, respectivamente.

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A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, também subiu, de 6,01% para 6,04% neste ano, ficando acima da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3,25%, e que deve ser perseguida pelo Banco Central. Com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o limite inferior para a inflação é ´de 1,75% e o superior de 4,75%.

De acordo com o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%. Para 2024, a previsão de inflação ficou em 4,18% e em 4% para o ano de 2025 e de 4% também em 2026.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em março passado, a inflação desacelerou para todas as faixas de renda, mas o IPCA, puxado pelo aumento dos preços dos combustíveis, ficou em 0,71%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultando num índice inferior à taxa de fevereiro, de 0,84%. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos.

Taxa de juros sem alteração

Com o objetivo de cumprir a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado, e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Na visão do mercado financeiro, a Selic encerrará 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano. No final de 2025 e de 2026, a previsão é da Selic continuar em queda e ficar em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.

O governo federal se mantém contrário ao patamar da Selic estabelecido pelo Banco Central. Nesta segunda-feira (24), o presidente Lula voltou a criticar a taxa no encontro entre empresários e brasileiros, realizado em Portugal. O Copom aumenta a taxa básica de juros com o objetivo de conter a demanda aquecida e isso impacta os preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Por isso, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, diminuindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

No Boletim Focus de hoje, a expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,20 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,25.

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