‘Se não pode cumprir, é melhor mudar’, disse presidente sobre o limite de inflação que o BC precisa atingir
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar os juros altos do Banco Central, além de não descartar rever a meta de inflação. A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, podendo oscilar 1,5% para cima ou para baixo. O índice é o parâmetro usado pelo Banco Central (BC) para definir a Selic, a taxa básica de juros do país. Hoje a Selic está em 13,75% ao ano, sendo uma das mais altas do mundo.
Com relação a meta de inflação, Lula foi claro quando cogitou a possibilidade de mudar. “Se não pode cumprir, é melhor mudar”, disse Lula, depois de café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto. O presidente avisou que discutir o assunto com o Banco Central e Congresso quando retornar da China, no próximo dia 16 de abril.
De acordo com o presidente, os altos juros são “incompreensíveis, porque não tem uma inflação de demanda”. Ele, porém, tentou ser cauteloso. Depois de dizer que “não vamos brincar com a economia”, lamentou que nos primeiros mandatos podia discutir as questões de juros e inflação abertamente com o BC, que agora tem autonomia. “Então não discuto meta, porque é para o BC e o Senado, que define a autonomia”.
O presidente do Senado e Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PP), já articulou um encontro no plenário da Casa Alta para que Lula e Roberto Campos Neto, presidente do BC. Sobre a nova diretoria do Banco Central, Lula afirmou que as escolhas deverão atender aos interesses do governo.
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