PE tem segunda maior expansão de produção industrial do Brasil até janeiro, segundo IBGE

Pernambuco teve 17,3% de crescimento, ficando atrás apenas do Espírito Santo que cresceu 18,6% *Com informações da Agência Brasil A Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou expansão no estado de Pernambuco de 17,3% na produção industrial nacional no acumulado em 12 meses, até janeiro. O estado […]

Pernambuco teve 17,3% de crescimento, ficando atrás apenas do Espírito Santo que cresceu 18,6%

Pernambuco remou na maré contrária a da maioria dos outros estados apresentando crescimento de 17,3%. Foto: REUTERS

*Com informações da Agência Brasil

A Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou expansão no estado de Pernambuco de 17,3% na produção industrial nacional no acumulado em 12 meses, até janeiro. O estado nordestino obteve o segundo melhor resultado do País. O Estado ficou atrás apenas do Espírito Santo, que apresentou crescimento de 18,6%. As demais variações positivas ficaram com Goiás (2,5%), Amazonas (2,4%), Ceará (1,5%) e Minas Gerais (0,6%).

No cenário nacional, a pesquisa aponta queda de 0,2% da indústria. Houve recuo na produção industrial de 0,3% em oito estados em janeiro, com os maiores resultados negativos no Rio Grande do Sul (3,4%), São Paulo (3,1%) e Mato Grosso (2%). Também tiveram queda Rio de Janeiro (1%), Santa Catarina (1%), Pará (0,4%), Paraná (0,3%) e Bahia (0,2%).

A queda da produção industrial em São Paulo ocorreu depois do recuo de 0,8% no mês anterior e resultou em uma retração de 3,9% da indústria do estado nesses dois meses. Para o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o desempenho da indústria paulista, na comparação com dezembro, provocou a maior influência sobre o resultado nacional e foi impactado pelos setores de derivados de petróleo e de veículos.

“Podemos observar que, no mês de janeiro, a indústria automobilística costuma dar férias coletivas, e com isso, há queda de produção. Também há uma certa cautela na produção do setor, já que o desabastecimento de insumos e o encarecimento de matéria-prima vêm causando impacto no ritmo da produção”, explica o IBGE.

A pesquisa mostrou ainda que o recuo de janeiro no Rio Grande do Sul, relacionado ao setor de derivados de petróleo, eliminou o ganho de 1,9% registrado no mês anterior. Mas, segundo o analista, não foi o único impacto. O setor de produtos do fumo também exerceu uma influência negativa sobre a indústria gaúcha. “Além de ser a maior retração entre os locais investigados pela pesquisa, o resultado negativo da produção do Rio Grande do Sul foi o segundo de maior influência sobre o índice nacional”, diz o IBGE.

Já em Mato Grosso, a queda interrompeu dois meses seguidos de expansão, depois de acumular ganho de 9,3% no período. “Nesse estado, houve queda na produção de alimentos e, secundariamente, também houve o impacto negativo no setor de bebidas”, disse Bernardo Almeida.

Acumulado
Apesar da queda de 0,2% da indústria no acumulado em 12 meses, nove estados pesquisados apresentaram melhores desempenhos frente aos índices de dezembro de 2022. Entre eles, os principais ganhos foram no Ceará, de queda de 4,9% para queda de 2,9%; no Pará de menos 9,1% para menos 7,5%), em Minas Gerais (de -1,3% para 0,1%) e no Amazonas (de 3,8% para 5,1%). Já as maiores perdas foram em Mato Grosso (de 19,4% para 13,7%), no Espírito Santo (de -8,4% para -9,7%) e em Goiás (de 1,4% para 0,4%).

Atualizações
O IBGE informou que a divulgação da pesquisa de janeiro é a primeira após as atualizações na seleção de amostra de empresas e unidades locais e na lista de produtos investigados. Houve ainda alterações metodológicas, que buscam acompanhar as mudanças econômicas da sociedade. Além disso, foram incluídos três novos locais entre os pesquisados, o Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul. A inclusão é porque esses estados atingem 0,5% do valor de transformação industrial (VTI), conforme a Pesquisa Industrial Anual Empresa (PIA).
O analista Bernardo Almeida disse que, nesse primeiro momento, só há resultados para os três novos locais no indicador interanual mensal, porque é necessário ter uma série maior para produzir dados mais precisos e robustos, que permitam efetuar a disseminação dos outros indicadores.
“Para o indicador do acumulado em 12 meses, por exemplo, ainda não é possível divulgá-lo por conta de sua própria metodologia, pelo fato de as séries históricas desses locais serem bem recentes”, explicou.

PIM Regional
De acordo com o IBGE, desde a década de 1970 a pesquisa produz indicadores de curto prazo, relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Mensalmente revela índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional, e, também, para o Nordeste, como um todo. Os locais pesquisados são o Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste, que apresentou crescimento de 6,1%.

Neoenergia terá app para monitorar consumo de energia em tempo real
A Neoenergia Pernambuco abriu, nesta quarta-feira (5), as inscrições para que consumidores residenciais possam monitorar o seu consumo de energia em tempo real. A expectativa é que 200 clientes sejam contemplados e recebam, gratuitamente, o equipamento que possibilita acesso à plataforma de acompanhamento. Dentre as principais funcionalidades, o sistema apresenta o consumo de alguns equipamentos, a estimativa do valor da próxima fatura e dicas para economizar energia. A sinalização de interesse está sendo realizada de maneira on-line, através do site www.meuconsumoneoenergia.com.

Leia também:
NitroVip traz professores de Harvard para curso de gestão e liderança no Recife
João Campos e ministro Jader Filho entregam habitacional do Minha Casa, Minha Vida
Alepe aprova orçamento para 2023 que autoriza Executivo remanejar R$ 5 bilhões
Arcabouço é bem aceito, mas requer reforma administrativa
Haddad nega criação de impostos, limita alto de gasto e quer rever privilégios fiscais

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -