As empresas de transporte não participam dos bloqueios, diz Fetracan

Os bloqueios começaram no domingo (30) depois que o candidato Lula (PT) foi declarado presidente eleito.
Bloqueio de caminhoneiros na BR 251, km 15, trecho Brasilia-Unaí. Foto: Sérgio Lima/Poder360.

O protesto dos caminhoneiros contou com pelo menos oito pontos de bloqueio das estradas federais em Pernambuco, segundo o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga do Nordeste (Fetracan), Nilson Gibson Sobrinho. “Os bloqueios ocorreram em estradas de um fluxo considerável. Somos contrários a este movimento. As empresas não estão participando disso. O pleito já foi decidido e tem que se respeitar o resultado de uma disputa que ocorreu de forma democrática”, contou, se referindo as eleições que ocorreram no domingo (30).

“A tendência é o movimento ir perdendo a força. O presidente fez um pronunciamento dizendo que respeita as instituições e isso deve contribuir para uma dispersão”, comenta Nilson. Os pontos de bloqueio começaram a ser realizados, no domingo (30) à noite, em Santa Catarina, depois do candidato Lula (PT) ser declarado o presidente eleito do Brasil.

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Segundo a Fetracan, o movimento começou com os caminhoneiros de Santa Catarina e até a segunda-feira (31) só existia um ponto de bloqueio no Nordeste que era na BR-116, próximo a Fortaleza, capital do Ceará. A Federação não tinha exatamente quantos pontos ainda estavam bloqueados na noite da terça-feira (1º).

Somente em Pernambuco, ocorreram bloqueios, nesta terça-feira (1º) nas seguintes rodovias:  quatro na BR-232,  – um próximo ao Comando Militar do Nordeste, o segundo em Caruaru, o terceiro em Salgueiro e o quarto próximo à cidade de Arcoverde-;  na BR-101 em dois locais, sendo um próximo à Vitarella, no Cabo de Santo Agostinho, e outro em Igarassu ao lado da Unilever; e um ponto na BR-104 localizado no entroncamento perto de Taquaritinga do Norte pra quem segue na direção de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado. O bloqueio próximo a Arcoverde já estava desmobilizado na noite da terça-feira.

Para Nilson, não há comparação entre o atual movimento e a greve que ocorreu em 2018 por 11 dias, que provocou o desabastecimento de itens como gás de cozinha e combustíveis. O movimento contribuiu até para a queda de 1,2% do Produto Interno Brut (PIB)o do País, segundo cálculos feitos na época por economistas. O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos num determinado lugar.

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“A greve de 2018 foi provocada por uma política de preços que deixou os caminhoneiros insatisfeitos”, comentou. Para ele, o presidente eleito, quando assumir, deve manter uma política diferenciada do diesel, que chega a representar, em alguns casos, até 60% do preço do frete. “Não há motivo para pararem o País”, concluiu.

A greve de 2018 se parece com a atual porque não se tem notícias de grandes lideranças à frente do movimento. Na greve de 2018, os caminhoneiros usaram as suas redes sociais para articular o movimento. No atual bloqueio, se sabe que há uma motivação política na realização do protesto.

Com menos de dois dias de duração, os bloqueios já vem causando transtornos em muitos Estados. Em São Paulo, foram cancelados 25 voos no Aeroporto Internacional da capital paulista, em Guarulhos, e já diminuiu a quantidade de produtos que chega a Ceagesp, que é um grande revendedor de frutas e verduras para a Região Metropolitana da capital paulista.

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