A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), teve alta de 0,74% em junho, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, realizada entre 11 de maio e 10 de junho deste ano e divulgada nesta quarta-feira (15). O resultado supera o de maio, de 0,10%, e o IGP-10 passa a acumular aumento de 8,53% no ano e de 10,40% em 12 meses.
Porém houve uma queda significativa em relação a junho de 2021, quando o índice foi de 2,32% no mês e acumulava elevação de 36,94% em 12 meses.
No período maio/junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, passou de uma deflação (queda de preços) de 0,08% em maio para uma inflação de 0,47% em junho.
Inflação registrada também pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo. O índice saiu de 0,54% para 0,72% no período. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu de 0,74% para 3,29%. Segundo a FGV, estes três subíndices que compõem o IGP-10 puxaram o resultado geral.
“A trégua apresentada pelos produtos agropecuários em maio não se repetiu em junho e a variação do grupo passou de -1,59% para -0,04%. As acelerações dos preços do algodão (de 2,17% para 6,32%) e da cana-de-açúcar (de 1,65% para 2,32%) explicam parte do avanço da taxa dos agropecuários. Os produtos industriais também registraram ligeiro avanço, subindo 0,67% em junho, ante 0,54% no mês passado. O preço dos automóveis novos foram destaque no índice ao produtor (de 0,22% para 2,47%) e ao consumidor (de 0,90% para 0,97%). Destaque especial cabe ao óleo Diesel, cujo último reajuste ocorreu em 10/05, e respondeu por 68% da taxa do IPA”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
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