Inflação medida pelo IGP-DI subiu 2,37% em março

Fundação Getúlio Vargas aponta os combustíveis como responsáveis pela alta Agência Brasil A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (6), o aumento de 2,37% na inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), em março. O resultado ficou 1,5% acima do registrado em fevereiro, levando o acumulado no ano à alta de […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

Fundação Getúlio Vargas aponta os combustíveis como responsáveis pela alta

Agência Brasil

Preços dos alimentos subiram 1,99% em março – FOTO: EBC

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (6), o aumento de 2,37% na inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), em março. O resultado ficou 1,5% acima do registrado em fevereiro, levando o acumulado no ano à alta de 6% e de 15,57% em 12 meses. Em março de 2021, o IGP-DIfoi de 2,17%, e acumulava aumento de 30,63% em 12 meses.

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O IGP-DI, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), aponta o movimento de preços em toda a cadeia produtiva, partindo das matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos produtos intermediários até chegar aos de bens e serviços finais.

De acordo com o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que subiu 2,8% em março, sofreu impacto dos derivados de petróleo. “O IPA, índice mais expressivo na composição do resultado do IGP, recebeu, nesta apuração, forte influência dos derivados do petróleo, cujos destaques foram diesel (de 2,7% para 16,86%), gasolina (de 1,71% para 12,69%) e adubos ou fertilizantes (-5,21% para 7,97%), juntos responderam por 30% do resultado do IPA”.

O IPA subiu 1,94% em fevereiro passado, enquanto a taxa do grupo bens finais, por estágios de processamento, passou de 1,73% em fevereiro para 3,64% em março, sofrendo o impacto dos alimentos processados (de 0,61% para 4,03%). O índice de Bens Finais (ex), que exclui os alimentos in natura e combustíveis para o consumo, aumentou 2,14% em março, depois da alta de 0,91% em fevereiro.

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No grupo bens intermediários, a inflação passou de 1,31% em fevereiro para 3,19% em março, com o avanço do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção que saiu de 6,57% para 12,9%. Com isso, o índice de bens intermediários (ex), calculado com a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, acelerou de 0,42% para 1,45% em março.

Já no estágio das matérias-primas brutas houve uma desaceleração, com a taxa variando 1,73% em março, depois da alta de 2,76% em fevereiro. Também ocorreram reduções na variação de preço da soja em grão (de 10,16% para 3,48%), do café em grão (de 0,89% para -10,76%) e do milho em grão (de 4,92% para 1,49%). As principais altas foram no minério de ferro (-0,10% para 2,82%), na mandioca (-6,01% para 8,63%) e nas aves (0,39% para 6,95%).

Inflação de 1,35% nos preços ao consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), segundo o Ibre/FGV, variou 1,35% em março, após alta de 0,28% em fevereiro. Sete das oito classes de despesa que compõem o índice, tiveram movimento de acréscimo na variação: transportes (de 0,07% para 2,51%), habitação (de 0,33% para 1,23%), alimentação (de 1,2% para 1,99%), educação, leitura e recreação (de -0,51% para 0,67%), saúde e cuidados pessoais (de -0,12% para 0,29%), vestuário (de 0,33% para 1,04%) e despesas diversas (de 0,08% para 0,39%).

O comportamento dos preços da gasolina, que passou de variação de -1,35% em fevereiro para 5,08% em março, da tarifa de eletricidade residencial  (de -0,73% para 1,60%), hortaliças e legumes (de 8,44% para 14,79%), passagem aérea (de -4,09% para 3,26%), perfume (de -3,00% para 2,60%), roupas (de 0,34% para 1,17%) e serviços bancários (de 0,06% para 0,41%) foram os que tiveram maior destaque, segundo o Ibre/FGV.

Num sentido contrário, houve decréscimo no grupo comunicação, entre fevereiro e março, com variação de 0,08% para -0,11%, sob influência da redução na tarifa de telefone residencial, de -0,41% para -0,83%.

No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) a variação registrada foi de 0,86% em março, ante 0,38% em fevereiro deste ano. Materiais e equipamentos passaram de 0,28% em fevereiro para 0,5% em março, serviços foram de 1,66% para 0,7% e a mão de obra acelerou de 0,25% para 1,21%.

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