Paulo Guedes: Brasil foi ágil no controle da inflação que não será transitória no ocidente

As declarações do ministro da Economia foram feitas hoje no Fórum Econômico Mundial Agência Brasil “A inflação será um verdadeiro problema para o mundo ocidental”, declarou o Ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta (21), em sua participação no Fórum Econômico Mundial. Mas, segundo ele, as experiências anteriores de convívio e combate a altas taxas […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

As declarações do ministro da Economia foram feitas hoje no Fórum Econômico Mundial

Paulo Guedes: a besta está fora da garrafa – FOTO: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Agência Brasil

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“A inflação será um verdadeiro problema para o mundo ocidental”, declarou o Ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta (21), em sua participação no Fórum Econômico Mundial. Mas, segundo ele, as experiências anteriores de convívio e combate a altas taxas inflacionárias, levaram o Brasil a adotar medidas contra a alta de preços mais rápido que outros países.

Guedes falou após participações de autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu, no painel Perspectivas Econômicas Globais, que teve como tema principal a influência da pandemia no aumento dos índices inflacionários.

Na avaliação da diretora de Gestão do FMI, Kristalina Georgieva, é fundamental entender que a inflação está mais alta e persistente em alguns países, e que este é “um problema específico a cada país”. Segundo ela, essas especificidades marcarão o ano de 2022.

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“Não será possível manter todas as políticas em todas as partes, o que fará o combate mais complicado em alguns países”, disse Georgieva.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, acrescentou que a autoridade monetária precisa estar atenta “às cifras apresentadas em cada país”, e que em muitos casos a superação e a conservação de empregos foi subestimada, disse ela ao defender atenção a problemas relativos ao mercado de trabalho.

“Na França vemos indicadores específicos como negociações coletivas de salários na qual empregadores e sindicatos levam em conta os índices de inflação. No entanto, em outros países não estamos vendo essas negociações avançarem”, disse Lagarde.

“Estávamos acostumados a níveis baixos de inflação. E agora temos de ver quanto isso vai durar, e vai durar”, acrescentou.

Em seu discurso, o ministro Paulo Guedes disse que “a inflação será um verdadeiro problema para o mundo ocidental”, exatamente por não estarem acostumados a lidar com esse tipo de problema. “O Brasil, devido à experiência trágica prévia com inflação, se mobilizou de forma mais rápida”, disse o ministro.

“Meu medo agora é que a besta está fora da garrafa [nos países ocidentais]. Não acredito que a inflação seja transitória. Penso que os elementos adversos que alimentam a inflação vão diminuir gradualmente, mas não há mais arbitragem a ser explorada pelo ocidente. Penso que os bancos centrais estão dormindo enquanto dirigem. Eles têm de ficar atento porque a inflação será um problema real em breve para o ocidente”, argumentou.

Referindo-se ao comentário de Lagarde sobre os governos terem de ficar atentos ao que ocorre no mercado de trabalho, Guedes lembrou que, em 2019, o mundo estava, segundo diversas autoridades monetárias em uma “desaceleração sincronizada”.

“Fomos então afetados pela covid-19 e respondemos [no Brasil] de forma a evitar uma grande depressão. Agora estamos de volta à situação de desaceleração sincronizada e avanço de economias. Mas agora a inflação está aí. A questão é saber o quão transitórios são esses fatores”, completou o ministro brasileiro.

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