Setor de eventos do NE teme novas restrições e reclama da falta de diálogo

Por Juliana Albuquerque O decreto com o cancelamento do Carnaval e novas restrições ao setor de eventos no Ceará, editado na última quarta (5), acende luz de alerta para o segmento em Pernambuco. Em ambos os estados, setor questiona falta de diálogo com os governos estaduais “Nós podemos afirmar que o setor foi pego de […]
Foto: Pixabay

Por Juliana Albuquerque

O decreto com o cancelamento do Carnaval e novas restrições ao setor de eventos no Ceará, editado na última quarta (5), acende luz de alerta para o segmento em Pernambuco. Em ambos os estados, setor questiona falta de diálogo com os governos estaduais

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“Nós podemos afirmar que o setor foi pego de surpresa, pois não houve um diálogo prévio para tentar preparar o setor para lidar com essa notícia. Agora, os eventos dos próximos 30 dias estão todos impreterivelmente cancelados. E para que se faça um evento, exige todo um planejamento. Então, a falta de diálogo pesou com esse novo decreto”, afirma Rafael Albuquerque, advogado da Associação dos Produtores de Eventos (Abrape) no estado do Ceará.

Além da falta de um diálogo, Rafael Albuquerque questiona o porquê apenas os eventos formais, cujo protocolos sanitários são devidamente cumpridos, a exemplo da exigência do passaporte vacinal e uso de máscaras, continuam apontados como os grandes vilões da disseminação do vírus.

“Porque o novo decreto não abrangeu eventos de futebol? Porque se manteve o estado Castelão com a mesma capacidade para um público de 50 mil pessoas? Enquanto isso, apenas os eventos de outra natureza sendo prejudicados”, questiona o representante jurídico da Abrape-CE.

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Pernambuco

Em Pernambuco, cujo o governo promete se posicionar sobre o cancelamento do Carnaval até a primeira quinzena deste mês, a falta de diálogo segue na mesma linha do que ocorreu no Ceará. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc-PE), Tatiana Marques, até a presente data não houve nenhuma tratativa direta com planos envolvendo uma discussão transparente com o segmento.

Tatiana Marques, presidente da Abeoc-PE. Foto: Divulgação

“Há uma preocupação legítima, ainda mais após o Ceará ter aumentado as restrições do setor, que Pernambuco possa seguir os mesmos passos e restringir a capacidade dos eventos sociais e corporativos com o argumento de que esses eventos promovem aglomerações. Contudo, nenhum diálogo com o setor no sentido de alterar algum protocolo vigente tem ocorrido, assim como nenhuma sinalização sobre novas restrições. E esse silêncio das autoridades aumenta a preocupação do setor. Aliás, o silêncio das autoridades é algo que está incomodando muito. Ninguém diz nada”, comenta Marques.

“ Quem conseguiu sobreviver no setor de eventos está como um paciente, que depende do soro para recuperar a saúde. Então, se você chega e quebra esse soro, o que vai acontecer com esse paciente? Ele vai morrer. E quem vai assumir essa responsabilidade? Por isso, esperamos que quando houve algum posicionamento, ele venha com ações emergenciais de gestão pública para salvar o setor”, argumenta a presidente da Abeoc-PE.

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