Nordeste é reconhecido como livre da febre aftosa sem vacinação

Portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária incluiu Alagoas e os demais estados da região livre da febre aftosa
gado rebanho
Alagoas possuía, desde 2014, a certificação internacional de zona livre da doença com vacinação. Foto: Dorgival Junior/ADEAL

Alagoas e os demais estados do Nordeste foram reconhecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como livres da febre aftosa sem necessidade de vacinação. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (02).

O texto assinado pelo ministro Carlos Fávaro reconhece como livres de febre aftosa sem vacinação os estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

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De acordo com o ministério, a proibição do trânsito de animais permanecerá em vigor até que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) conceda internacionalmente o reconhecimento do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação a todas as unidades da Federação.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

Alagoas possuía, desde 2014, a certificação internacional de zona livre da doença com vacinação e havia iniciado no final de fevereiro um planejamento estratégico, que envolveu antecipar a vacinação do rebanho, para conseguir subir de status. A previsão do setor produtivo era alcançar esse novo reconhecimento até 2026.

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Com a mudança, o MAPA proibiu o armazenamento, comercialização e uso de vacinas contra a febre aftosa, como também o ingresso e incorporação de animais vacinados contra a doença nos estados reconhecidos pela portaria.         

Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Silva, a medida é muito importante e vai beneficiar produtores e também facilitar o trânsito de animais entre outros estados do país que também foram classificados nessa faixa.

“Esse reconhecimento é fruto de muito planejamento do setor produtivo e do governo, que vem trabalhando há muito tempo para garantir que Alagoas chegasse a esse nível. Essa mudança de status vai favorecer muito as exportações de gado e principalmente esse comércio de animais reprodutores, que é um segmento que vem se destacando aqui no estado”, disse.

AL busca reconhecimento internacional contra febre aftosa

O presidente da Agência de Inspeção e Defesa Agropecuária de Alagoas (Adeal), Marco Albuquerque, afirmou que a decisão é muito importante para o estado, mas que o trabalho para garantir o reconhecimento internacional vai prosseguir.

“Apesar de mais essa vitória, o trabalho segue. Precisamos dar continuidade às ações previstas no programa para que possamos, finalmente, conquistar o status sanitário internacional de zona livre da febre aftosa sem vacinação”, declarou.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL), Álvaro Almeida, destacou o esforço do setor produtivo e demais órgãos do Estado em atuar nas últimas semanas para conseguir elevar Alagoas ao nível de zona livre de aftosa sem a necessidade de vacinação do rebanho.

“Todos se uniram para que a imunização do nosso rebanho atendesse as exigências do governo federal. Agora é continuar com esse trabalho, para quando a auditoria for realizada, no segundo semestre, possamos manter esse novo status sanitário para o nosso estado”, disse.

Rebanho bovino Pernambuco
Expectativa é de conseguir imunizar 2,4 milhões de animais no estado de Pernambuco. Foto: Adagro

AL e PE anteciparam vacinação do rebanho

Como estratégia para conseguir fazer com que os estados garantissem a entrada na zona livre de aftosa sem vacinação, Alagoas e Pernambuco anteciparam a vacinação do rebanho para o mês de abril. Em Alagoas, a campanha se encerrou no último dia 30 de abril e em Pernambuco no dia 1º de maio e os produtores tem até o próximo dia 15 de maio para fazer a declaração de imunização.

Em Alagoas, a expectativa da Adeal era de imunizar 1,3 milhão de animais, entre bovinos e bubalinos e em Pernambuco, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro) espera imunizar 2,4 milhões de animais.

A declaração de vacinação é obrigatória em ambos os estados e não haverá prorrogação dos prazos. O procedimento deve ser realizado em Alagoas nos escritórios da Adeal ou no sistema sidagro-produtor e em Pernambuco nos escritórios da Adagro ou pela internet, acessando o site: adagro.pe.gov.br.

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