Ibovespa fecha em alta com recuo de Bolsonaro

O mercado, que teve que digerir a alta do IPCA, aguarda o pico da inflação para setembro O Ibovespa reverteu tendência de queda nesta quinta-feira (09) com a carta em tom conciliador divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ontem. O principal índice da bolsa terminou o dia em alta de 1,72%, aos 115.360,86 pontos, […]

O mercado, que teve que digerir a alta do IPCA, aguarda o pico da inflação para setembro

O Ibovespa reverteu tendência de queda nesta quinta-feira (09) com a carta em tom conciliador divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ontem. O principal índice da bolsa terminou o dia em alta de 1,72%, aos 115.360,86 pontos, com o mercado percebendo que Bolsonaro recuou em suas colocações antidemocráticas.

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Foto: divulgação

Apesar da moderação, o mercado precisou digerir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 0,87% em agosto, acima das expectativas. No acumulado de 12 meses, o IPCA quase bate os 10% de aumento, ficando em exatos 9,68% em agosto, ante 8,99% acumulados até julho – a maior taxa em 12 meses desde fevereiro de 2016.

O mercado aguarda o pico da inflação para setembro, com a expectativa que chegue aos dois dígitos. Com a surpresa na inflação, as taxas de juros de mercado exibiram alta expressiva ao longo de toda a sessão e pressionaram os ativos de renda variável.

Segundo o economista André Perfeito, da Necton, “a curva de juros acelerou as altas no período da tarde e os contratos precificam alta de pelo menos 125 pontos na próxima reunião do Copom, que ocorrerá nos dias 21 e 22 deste mês”.

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Ele destaca como razões para a alta a crise política, que tende a se tornar mais aguda nas próximas semanas, uma vez que não há apaziguamento possível no curto prazo; a incipiente greve dos caminhoneiros, que guarda relação com a crise política e que gera mais difusão na inflação; e o IPCA acima do estimado e com tendência de alta.

André Perfeito diz que mantém a projeção de Selic em 8% este ano e de 8,5% para o ano que vem. “A elevação dos juros revela, de maneira clara, o mal-estar com o governo, que não está conseguindo ancorar as expectativas gerais da sociedade ao criar tensões difusas que vão desde a execução do orçamento do ano que vem passando, pela realização ou não de eleições”, diz. Para ele, este custo é descontado dos títulos públicos e se traduzem na atual alta da curva.

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