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“Ainda Estou Aqui” amplia mercado do cinema brasileiro e inspira museu no Rio

Produção vencedora do Oscar de Melhor Filme Internacional impulsiona o mercado audiovisual nacional e levou à criação da Casa do Cinema Brasileiro no Rio de Janeiro
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Filme que deu o primeiro Oscar para o cinema brasileiro já é a terceira bilhtereria nacional desde 2018. Foto: Alile Dara Onawale/Sony Picutres

O sucesso do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, impulsionou o crescimento do cinema brasileiro e aumentou sua participação no mercado audiovisual. Com uma bilheteria de R$ 104,7 milhões e mais de 5 milhões de espectadores, a produção elevou a fatia de mercado dos filmes nacionais para 30,1% em 2025. Sem esse desempenho, a participação do cinema brasileiro seria reduzida para 22,1%, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Além de conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional, o primeiro da história para o Brasil, Ainda Estou Aqui acumulou 38 prêmios nacionais e internacionais. A produção venceu o Prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-americano e o Globo de Ouro de Melhor Atriz, concedido a Fernanda Torres.

Desde sua estreia mundial no Festival de Veneza, onde recebeu o prêmio de Melhor Roteiro, o longa demonstrou grande impacto comercial. A premiação de Fernanda Torres no Globo de Ouro resultou em um aumento de 57% no público na semana seguinte e um salto de 122% na subsequente. A indicação ao Oscar gerou um novo crescimento de 89% no público semanal.

A Ancine destacou que o desempenho do filme reflete a eficácia das políticas públicas de incentivo ao audiovisual e fortalece a competitividade do cinema brasileiro no cenário internacional. O impacto positivo da obra também abriu caminho para novas coproduções internacionais, ampliando a circulação de filmes brasileiros no exterior.

A Secretaria de Regulação da Ancine reuniu dados inéditos que demonstram o impacto do filme no mercado de exibição. Com mais de 5 milhões de espectadores e R$ 104,7 milhões em renda, “Ainda Estou Aqui” se consolidou como a terceira maior bilheteria nacional desde 2018, atrás apenas de “Minha Mãe é uma Peça 3” (2018) e “Nada a Perder” (2019).

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Imóvel foi locado por um ano e meio para a produção e, recentemente, foi colocado à venda a partir de R$ 13,9 milhões. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Criação da Casa do Cinema Brasileiro

Como reconhecimento à importância do filme, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a transformação da casa onde “Ainda Estou Aqui” foi gravado em um espaço dedicado à memória cinematográfica nacional. O imóvel será desapropriado e convertido na Casa do Cinema Brasileiro. A propriedade fica na esquina da Avenida João Luiz Alves com a Rua Roquete Pinto, no bairro da Urca, zona sul da cidade. 

Após a repercussão do filme Ainda Estou Aqui, o local passou a atrair a atenção de fãs e curiosos. O imóvel foi locado por um ano e meio para a produção e, recentemente, foi colocado à venda a partir de R$ 13,9 milhões.

De acordo com a prefeitura, o espaço será aberto à visitação pública e terá exposições sobre a história do cinema brasileiro e a trajetória de Eunice Paiva, figura central do filme. O local também será sede da Rio Film Commission, órgão responsável por atrair produções audiovisuais nacionais e internacionais para a cidade.

Homenagem às atrizes mãe e filha

O prefeito Eduardo Paes afirmou que a Casa do Cinema Brasileiro será um espaço de preservação da memória do cinema nacional e da democracia. Além disso, a iniciativa homenageará as atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, protagonistas do filme.

“Vamos tornar público e abrir para visitação o espaço que trouxe o primeiro Oscar do Brasil em quase 100 anos da premiação. Faremos da casa onde foi gravado o filme um lugar de memória permanente da história de Eunice Paiva e sua família, da democracia e ainda uma homenagem às duas grandes mulheres que orgulham o Brasil e deram vida a ela – Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, informou Eduardo Paes, em publicação nas redes sociais.

“O público ainda poderá conhecer a história do Brasil no Oscar em exposições interativas. Ali também funcionará a nova sede da Rio Film Commission, estimulando mais produções do cinema brasileiro e premiações internacionais. E pra não deixar dúvidas: a Casa do Cinema Brasileiro vai estar pronta para receber a nossa primeira estatueta. Quem sabe ela não vem morar aqui? Nós vamos sorrir”, finalizou o texto, fazendo referência a uma fala do filme.

* Com informações da Agência Brasil

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