Edição 2021 da Fenearte foi de vendas e público menores que em 2019

Por Juliana Albuquerque Público menor e vendas fracas marcaram a edição 2021 da feira de artesanato de Pernambuco, a Fenearte, que encerrou no último domingo (19), após dez dias de realização.  De acordo com a organização do evento, um total de 180 mil pessoas visitaram a feira este ano, 120 mil a menos do que […]

Por Juliana Albuquerque

Obra da artista plástica Beth Cyrne

Público menor e vendas fracas marcaram a edição 2021 da feira de artesanato de Pernambuco, a Fenearte, que encerrou no último domingo (19), após dez dias de realização. 

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De acordo com a organização do evento, um total de 180 mil pessoas visitaram a feira este ano, 120 mil a menos do que na última edição, realizada em julho de 2019. Crise econômica e medo de contaminação podem ter motivado esse cenário atípico na maior feira de artesanato da América Latina.

O efeito da baixa participação do público foi sentido pela grande maioria dos artesãos, que após mais de um ano sem participar de eventos por conta da pandemia, viam em sua presença na feira a possibilidade de faturar mais. 

“Eu posso dizer que conseguir apenas tirar o meu investimento, em torno de R$ 7 mil, mas não tive lucro. Participo da Fenearte há mais de dez anos e essa foi a primeira vez que não obtive lucro real com a feira”, revela Regina Cavalcanti, que faz um trabalho de pintura a mão em tecido para almofadas e caminho de mesa. 

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Regina Cavalcanti: Participar do evento é uma oportunidade de fomentar negócios

De acordo com ela, contudo, mesmo sem lucrar, participar do evento é uma oportunidade de fomentar negócios ao longo do próximo ano.

“Eu consegui fechar alguns negócios para fornecer meu produto para alguns lojistas que visitaram meu espaço, assim como alinhar outras oportunidades para o futuro. Por isso, mesmo sem lucrar, ainda vale muito participar do evento”, afirma a artesã, que completa afirmando que nem todos que participaram tiveram o mesmo resultado.

“Teve gente que não vendeu um só item durante essa edição. É uma situação muito triste, ainda mais para quem veio de longe, gastou com transporte, hospedagem e não conseguiu faturar”, lamenta a artesã. 

Assim como Regina, a artista plástica Beth Cyrne só conseguiu ter de volta o que investiu, cerca de R$ 6,5 mil. “Foi a minha primeira vez como expositora na Fenearte, por isso, considero muito positiva a minha participação, mesmo não tendo lucro. Afinal, foi uma oportunidade de conhecer melhor o meu público”, afirma a artista.

Beth Cyrne, artista plástica: “Considero muito positiva a minha participação, mesmo não tendo lucro”.

Faturamento

Segundo a organização da Fenearte, durante os dias de feira foram gerados R$ 38 milhões em negócios.  O valor é inferior aos R$ 45 milhões faturados na edição passada.

Mas embora com menos faturamento e público, houve quem conseguisse sucesso de vendas durante o evento. 

“É uma enorme satisfação. Estou muito feliz. Logo nos três primeiros dias vendemos metade das peças. E na reta final vendemos tudo. Isso, para uma feira atípica, representa muito para a gente.”, frisou Mestre Evilásio Leão, filho do Mestre Baé. 

“O público que visitou a Fenearte atendeu às nossas expectativas. A Feira tem a dimensão de impulsionar e movimentar o artesanato e demais expressões da economia criativa do estado. Realizamos uma feira segura que seguiu decreto do Governo do Estado, além de protocolo especial feito pela Secretaria Estadual de Saúde”, explicou o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Roberto Abreu e Lima.

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