Aftosa: AL inicia plano para conquistar status de zona livre sem vacinação

Desde 2014, Alagoas possui a certificação internacional de zona livre da aftosa com vacinação, mas que subir mais um patamar.
Vacinação aftosa
Alagoas inicia vacinação do rebanho contra a aftosa/ Foto: Dorgival Junior/ADEAL

Por Vanessa Siqueira

Alagoas deu início a um plano estratégico para conquistar, até 2026, o status de zona livre de aftosa sem vacinação. Uma das principais ações será realizar a partir do mês de maio, uma rodada de imunização do rebanho e promover um bloqueio sanitário para o trânsito de bovinos e bubalinos de Alagoas para os estados sem vacinação. Alagoas um rebanho com tem 1,3 milhão de animais.

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As tratativas iniciadas no fim de fevereiro por instituições ligadas ao agronegócio pretendem adequar o estado ao Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA) para garantir que Alagoas avance para zona livre sem vacinação.

O objetivo do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), por meio do PE-PNEFA, é tornar o Brasil livre de febre aftosa sem vacinação até o ano de 2026, com reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Alagoas possui, desde 2014, a certificação internacional de zona livre da doença com vacinação e o estado faz parte do Bloco III do zoneamento nacional, juntamente com Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.

O presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domicio Silva, afirmou que os estados pertencentes ao bloco vão solicitar ao MAPA a mudança de status do Bloco, que passaria a ser considerado zona livre sem vacinação. Desta forma o estado elevaria o status de seu rebanho perante os mercados de carne nacional e internacional.

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Rebanho alagoano é de 1,3 milhão de animais/Foto: Foto: Dorgival Junior/ADEAL

“Discutimos em reunião as consequências dessa mudança para Alagoas e demais estados do Nordeste, assim como as necessidades que a gente precisa evoluir na questão do PNEFA, que tem obrigações do setor produtivo e do setor público, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adeal), no caso aqui de Alagoas. Para a gente contribuir e continuar avançando com as infraestruturas necessárias na Adeal e nas ações que devem ser tomadas para que a gente também venha pleitear junto ao ministério, em breve, a retirada da vacina contra a aftosa”, diz.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, o momento é de reunir todos os esforços necessários para que os criadores de Alagoas não sejam prejudicados à medida que o PE-PNEFA é colocado em prática.

“Estamos avançando mais um passo rumo a um cenário em que o nosso estado não vai mais precisar vacinar o seu rebanho, juntando-se às demais regiões do país que hoje não precisam mais recorrer à imunização contra a febre aftosa. Todas as instituições estão engajadas nessa missão, e a Faeal não poderia se abster de uma tarefa tão importante para o nosso agronegócio, em especial ao segmento da pecuária”, afirmou.

Campanha de imunização contra aftosa

A Adeal informou que busca cumprir os pré-requisitos determinados pelo MAPA para estar habilitada a avançar na classificação de risco da doença. A Agência disse ainda que a próxima etapa deste processo será a realização da campanha de imunização do rebanho, prevista para iniciar no mês de maio.

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