Chuvas comprometem produção de uva em Petrolina

Produtores contabilizam prejuízos e preveem ainda mais perdas com previsões de mais chuvas até o final da semana
produção de uva em Petrolina
De acordo com INMET, as chuvas devem castigar ainda mais Petrolina pelo menos até sexta-feira (02). Foto: cortesia

As chuvas intensas, que caíram ininterruptamente por horas durante esta semana, em Petrolina – PE e em outras regiões do estado, causaram inúmeros prejuízos a produtores de uva, com a derrubada de parreiras e enormes perdas da fruta.

No projeto Senador Nilo Coelho, perímetro de irrigação mais prejudicado, o pequeno produtor, Pedrão Romualdo, lamentou a situação do seu lote, no Núcleo 11, após a chuva derrubar um parreiral com mais de 1,5 hectare de uvas que seriam colhidas na próxima segunda-feira (05). Outro produtor do Nilo Coelho, Augusto Prado, também arregaçou as mangas ao ver a safra comprometida e tentou com as próprias mãos levantar um parreiral de um hectare que a chuva levou ao chão.

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Além dos parreirais caídos, outra preocupação dos produtores é com a quantidade de frutas perecendo, sem ter como serem colhidas, ou apodrecendo por conta das pragas e doenças que se estabelecem no período chuvoso. Segundo o produtor Cristino Guimarães Leite, caíram nestes dois dias mais de 50mm de chuvas sobre os pomares acostumados com uma irrigação controlada. “Muitos fruticultores ainda nem tinham calculado direito os prejuízos com os 300 mm de chuvas que castigaram o Vale do São Francisco no último mês de outubro”, lamenta Guimarães Leite.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, cerca de 2 mil fruticultores, somente em Petrolina-PE, contabilizaram prejuízos com as últimas chuvas. “Além do aumento das pulverizações para o combate de pragas e doenças e a execução do serviço de drenagem, o produtor de uva tem ainda que investir em cobertura para os parreirais, além de comprometer boa parte dos ganhos com as despesas de pessoal e os aumentos constantes do preço dos insumos agrícolas “, contabilizou.

De acordo com o aviso do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), até a próxima sexta-feira (02), Petrolina está entre as regiões pernambucanas que seguirão sendo afetadas por chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos (60-100 km/h).

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