O ecossistema de inovação de Pernambuco tem gerado muitos negócios disruptivos, estre eles as fintechs – empresas que oferecem soluções financeiras. O termo é uma combinação de duas palavras em inglês: financial (financeiro) e technology (tecnologia).
No final de 2019, às vésperas da pandemia da Covid-19, nasceu uma fintech no Recife chamada Faturepag. Este ano, a empresa deve processar R$ 3 bilhões em transações. A startup oferece uma plataforma de pagamentos online, que tem crescido de forma acelerada entre os pequenos e médios empreendedores do Norte, Nordeste e Sudeste.
A solução permite o gerenciamento de despesas, integrando conta digital, cartão de débito e um software de controle. A fintech ainda concede microcrédito de até R$ 30 mil para ajudar pequenos empreendedores com capital de giro.
O serviço simplifica as transações comerciais, evitando impostos em cascata, segundo o CEO Alan Barros, que fez carreira no mercado financeira e tornou-se especialista em meios de pagamento. No setor de Turismo, a Faturepag já conta com oito mil agências credenciadas, que devem transacionar R$ 1,2 bilhão este ano na plataforma.
Essas empresas, em geral, pagam mais impostos do que deveriam, porque ao vender um pacote de viagens, recebem pagamentos pelo hotel, restaurante e empresas de passeios, por exemplo. Mas, com a Faturepag, esses serviços, ao serem contratados, têm seus pagamentos direcionados para quem os fornece, desde que os parceiros comerciais estejam cadastrados. Assim, a agencia de turismo passa a receber apenas o que lhe cabe. Os valores destinados ao hotel, restaurante ou empresas de passeios vão direto para suas contas bancárias.
Fintech cresce no comércio
No comércio, a Faturepag tem ajudado nas relações entre atacadistas e varejistas com um sistema capaz de apresentar 100% da transação conciliada e garantia de crédito. Já são 25 mil pequenos varejistas usando a plataforma. O interessante é que são os próprios atacadistas que estão ajudando a fintech a crescer, porque têm a certeza de que vão receber pelas vendas e propagam a solução.
E essa certeza vem da Apoena Securitizadora, que foi fundada pelo CEO e outro sócio no último mês de junho. Para esta operação, foram emitidos R$ 45 milhões em debêntures. Os recursos vão exclusivamente para os comerciantes que precisam de capital de giro para honram suas compras. A operação de debêntures vai ajudar a Apoena a movimentar R$ 50 milhões em crédito ao longo de 2024.
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